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    porto velho, sexta-feira 19 de abril de 2024

Mesmo depois da cura coronavírus deixa sequelas e efeitos colaterais, hepatite medicamentosa é um exemplo...


Por Sérgio Pires

07/08/2020 19:56:16 - Atualizado

Estar livre do coronavírus, depois de ser afetado por ele e, em muitos casos, ter enfrentado longos períodos de hospitalização, traz consigo também efeitos colaterais pós tratamento, preocupando médicos e pacientes. Geralmente, nos casos mais graves, onde o doente passou entubado por longos dias, há sim problemas mais sérios, relacionados com a garganta e também com a perda de musculatura. Para doentes mais idosos, isso se torna um perigo no pós doença, que tem que ser tratado com muitos cuidados e muita fisioterapia. Em casos mais leves, o pesado coquetel de medicamentos pode trazer um dano colateral também extremamente preocupante: a hepatite medicamentosa, resultado de uma inflamação no fígado, que pode ser aguda ou crônica, provocada por drogas e medicamentos utilizados em grande escala. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o secretário de saúde de Rondônia, o médico Fernando Máximo. Depois de quase 20 dias internado, embora não tenha sido necessária a entubação, mas apenas o uso de aparelhos que o ajudaram a respirar, o pacote de medicamentos acabou afetando o fígado dele, que está tratando agora uma hepatite medicamentosa, em casa. Não é uma doença tão simples de se combater, porque ela destrói células do fígado. O melhor tratamento consiste na suspensão imediata do medicamento ou exposição a qualquer substância tóxica que pode ter causado o dano no órgão. Se isso não for suficiente, o paciente pode receber corticoides por cerca de 60 dias ou até a normalização dos exames do fígado. Normalmente, após um ano, quem foi afetado pela doença, deve ser examinado novamente, para avaliação e para que os exames respondam se ele está curado do problema. O caso de Fernando Máximo, ao que parece, não está computado entre os 10 por cento dos pacientes que tem a forma grave da doença. Além disso, ela não é contagiosa, como outros tipos de hepatite. 

Pelas redes sociais, depois de vários dias de silêncio, o jovem secretário de saúde do Estado, que fez e continua fazendo um grande trabalho na guerra contra o coronavírus, postou uma mensagem, replicada depois por sua assessoria. Basicamente, informa que ele teve complicações pós Covid, atingido pela hepatite, mas que está se tratando, já em casa. Máximo também agradeceu às centenas e centenas de mensagem que recebeu, enquanto hospitalizado e se recuperando e também as orações por melhoras na sua saúde. O secretário avisa: tão logo esteja completamente curado, volta com tudo ao comando da batalha contra o corona. O governador Marcos Rocha, pelas redes sociais, comemorou: “em breve, nosso guerreiro estará de volta!”, escreveu.

MAIS UM DIA SEM NENHUM ÓBITO EM PORTO VELHO

O número de casos de infectados pela Covid 19, continua diminuindo na Capital, mas aumentando no interior. Mais uma vez, o que se repetiu por pelo menos três dias nessa semana, nenhuma morte foi registrada na Capital. Todos os cinco óbitos foram no interior, três deles em Ariquemes. Agora, já são 923 rondonienses que perderam a vida, dos quais 572 ou 62 por cento, eram moradores de Porto Velho. O total de casos chega a 42.725 pessoas contaminadas, das quais 35.490 (83 por cento) estão recuperadas. O total de casos ainda ativos, portanto, é de 6.312, representando, entre o total de infectados, menos de 14,7 por cento. O percentual de recuperados apenas em Porto Velho (19.850 casos) sobre o total de registros de contaminação na cidade (23.185), é ainda mais animador: 85,6 por cento. No interior, as cidades com os maiores números de infectados: Ariquemes, 3.064 casos; Guajará Mirim, 2.385; Vilhena, 1.728; Jaru, 1.260 e Ji-Paraná, com 1.245. No Estado todo, o número de pessoas hospitalizadas é de 382, 18 a menos que no dia anterior.

GOVERNO LIBERA 2 BI PARA A VACINA

A melhor notícia do dia não foi registrada em Rondônia, mas em Brasília. O presidente Jair Bolsonaro assinou Medida Provisória autorizando a liberação de 2 bilhões de reais para a vacina de Oxford, a que até agora apresentou melhores resultados e que será produzida no Brasil, em parceria com o Reino Unido. Em seis meses, caso os testes confirmem a eficiência da vacina, a Fiocruz poderá produzir até 100 milhões de doses no país. Na solenidade de assinatura da MP, o Estado foi representado pela deputada Mariana Carvalho, da Comissão Externa da Câmara para o combate da Covid 19, que pediu a liberação do recurso. Os testes para a produção já estão sendo realizados no Instituto Manguinhos, no Rio de Janeiro, um braço da Fiocruz. A meta inicial é produzir 15 milhões de doses da vacina de Oxford até dezembro, outros 15 milhões em janeiro do ano que vem e nos quatro meses seguintes, ou seja, até final de maio, chegarmos às 100 milhões de doses produzidas.


ESTAMOS FICANDO COM CARA DE UMA CAPITAL

Uma emenda de Ivo Cassol, quando ainda era senador, de mais de 643 mil reais, só agora será utilizada pela Prefeitura de Porto Velho. Ela servirá para construir dois pórticos de entrada da Capital, uma na direção de Candeias e outra na de Guajará Mirim. Os pórticos foram concebidos para reproduzir elementos ligados a história da cidade, apresentando nossa identidade aos visitantes. A estrutura será metálica e ambos terão letreiros de informação, base de fixação e reprodução dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, mais importante símbolo da Capital. Depois da conclusão das pistas laterais da BR 364; dos viadutos e da iluminação até a Unir, que finalmente deram cara de cidade a entrada de Porto Velho, os pórticos deverão ser marcos significativos para dizer aos que moram na cidade e aos visitantes, que as coisas aqui estão mudando para melhor. Enfim, pelo menos naquelas bandas da BR, estamos ficando com cara de uma Capital de Estado.

ESPAÇO: DEPUTADO FAZ PAPEL DE VEREADOR

Ex membro da Câmara de Vereadores, de onde saiu para ocupar uma cadeira de deputado, o porto velhense Marcelo Cruz faz o papel que seus antigos parceiros não fazem: está tratando, na Assembleia, de questões que a Câmara Municipal deveria estar cobrando das autoridades municipais. Embora área pertencente ao Estado, o Espaço Alternativo é de responsabilidade da Prefeitura, tanto na questão de iluminação como de controle de ambulantes e outras atividades afeitas à administração municipal. Como nenhum nobre edil falou sobre o assunto, Marcelo Cruz fez pronunciamento na Assembleia cobrando do Poder Público a instalação de banheiros químicos ao longo do Espaço, já que ali se concentra grande público, principalmente nos finais de semana, sem que haja sequer um banheiro decente para os usuários do local. Um arremedo de banheiro começou a ser construído lá, mas nunca foi terminado e se transformou num abrigo de drogados, com urina e fezes no chão e um fedor insuportável. Marcelo também foi autor do projeto que proíbe o uso de bebidas alcóolicas no Espaço, durante a pandemia. Uma lei, é claro, que não vai pegar, porque as bebedeiras, farras e rachas continuam ocorrendo no local. Mas ao menos o parlamentar está tentando fazer alguma coisa. Já os vereadores...

NO FINAL, SÓ POUCOS TERÃO CHANCES REAIS

Hildon Chaves (dúvida), Léo Moraes (dúvida), o ex deputado Lindomar Garçon, o professor e advogado Vinicius Miguel, a vereadora Cristiane Lopes, o emedebista Williames Pimentel (se não for ele e se houver unidade em torno do seu nome, o desembargador aposentado Walter Waltenberg), o petista Ramon Cujuí, são, até o momento, os nomes mais quentes quando se fala em sucessão municipal em Porto Velho. É sempre bom lembrar que o quadro com Hildon candidato é um; sem ele é outro, completamente diferente. Mas há muitos outros nomes correndo por fora, como o coronel Ronaldo, do PSB, ex comandante da Polícia Militar. Tem ainda o  jovem advogado Breno Mendes, que chegou a ser chefe de gabinete de Hildon e hoje se autointitula “Fiscal do Povo”, que vem com o apoio do deputado Jair Montes, presidente regional do Avante. O vereador Alan Queiroz quer ser o nome do PSDB. O DEM trará a novidade do advogado Fabrício Jurado. O PTB vem com o ex secretário municipal de agricultura, Leonel Bertolin. E ainda vão surgir pelo menos mais uma meia dúzia de nomes, até o prazo final das convenções. Na depuração, pelo menos cinco desta enorme relação de pré candidatos, terão alguma chance de chegar lá.

MARINHA, TIZIU E PADOVANI ESTÃO NA FILA

Mauro Nazif entraria na relação dos prováveis candidatos em Porto Velho? Há quem diga que ele gostaria de ter mais um mandato de Prefeito, mas que seus amigos e conselheiros têm pedido que ele fique onde está, na Câmara Federal, onde sempre tem uma atuação destacada. Ao contrário, aliás, dos seus quatro anos de governo na Capital, que foram pouco produtivos. Caso ele fosse candidato e se elegesse, seu suplente na Câmara Federal seria Tiziu Jidalias, que também é candidato a Prefeito, mas em sua cidade, Ariquemes. Supondo-se que, lá na frente, o Coronel Chrisóstomo decida concorrer a prefeito, pela PSL e ganhe. Seu suplente é o atual secretário estadual de agricultura, Evandro Padovani. No caso de Léo Moraes, o que, caso concorra, tem as melhores chances de assumir o poder na Capital, sua eventual eleição abriria caminho para Marinha Raupp, uma das mais atuantes parlamentares que Rondônia já teve, mas que na eleição passada ficou longe de se reeleger. Enfim, dos três, a chance mais concreta seja de Marinha, porque Léo Moraes está sim, muito bem colocado em todas as pesquisas para a sucessão de Hildon Chaves.

POLÍCIA AGE COM COMPETÊNCIA, CONTRA AS FACÇÕES

Se as leis fossem tão duras quanto o são ações policiais contra

 o crime organizado, centenas e centenas de bandidos estariam cumprindo longas penas nas cadeias do país.  Aqui em Rondônia não é diferente. Membros das perigosas facções criminosas, que põe a população sob seu tacão de violência, eventualmente são presos, mas pouco tempo depois estão nas ruas de novo, graças à legislação amiga do crime, aprovada pelo Congresso e a quem os magistrados têm que seguir, mesmo os que consideram um absurdo que bandidos perigosos tenham tantas benesses. Em pouco mais de um mês, por exemplo, a polícia civil prendeu vários criminosos e até armamentos pesados, de membros de grupos de bandidos, prontos para atacar alguns dos moradores mais pobres da cidade, os que moram no Orgulho do Madeira. Nessa semana, mais dezenas de mandados de prisão foram expedidos, prisões feitas e armas pesadas descobertas, com quadrilheiros que estavam planejamento para um ataque criminoso aquele que é o maior conjunto habitacional de Porto Velho. Mais de 50 aparelhos celulares, que iriam para dentro dos presídios, também foram apreendidos.  Tudo certo, na ação polícia. Infelizmente, em breve, grande parte desses bandidos estarão nas ruas de novo. Os direitos humanos deles estão em primeiro lugar!

DOMINGUES JÚNIOR DEIXA OS DINOSSAUROS

Um dos mais conhecidos comunicadores de Rondônia, está trocando de casa. Domingues Júnior, que começou sua carreira na Rede TV!, mas ficou conhecido mesmo por sua longa passagem de mais de uma década na SICTV/Record, muda de projeto, a partir dessa semana. Famoso depois que se tornou conhecido como “Presidente”, no grupo dos Dinossauros mais ouvidos e assistidos em Rondônia, criados no programa Papo de Redação (Rádio Parecis FM, segunda a sexta, meio dia às 14 e SICTV, sábados, meio dia e meia às 14), Domingues fez importante parceria, por longos anos, com Everton Leoni, Beni Andrade, Jorge Peixoto e Sérgio Pires, além de Sérgio Mello (falecido) e Léo Ladeia, hoje na RedeTV!. Profissional multimídia, Domingues atua em várias plataformas das redes sociais. Foi também diretor do Decom no governo de Confúcio Moura, onde criou várias inovações no sistema de comunicação. Ele deixa uma casa onde atuou com sucesso depois de longo tempo, para transferir-se para a TV Alamanda. Deve também ocupar espaços na Rede Massa de Rádio, em projetos que estão em andamento. O programa Papo de Redação, com os Dinossauros, que está chegando ao seu nono ano no ar, continua normalmente, nas emissoras do Grupo SIC, tanto em suas rádios como nas TVs de todo o Estado.  

   PERGUNTINHA

Você concorda ou discorda da afirmação do famoso médico Dráuzio Varela: "a vacina não vai resolver o problema atual. Pode ser que, quando chegue essa vacina, ela não vá ser tão necessária quanto é agora, porque pode ser que, até metade do ano que vem, você vai ter já uma epidemia mais arrefecida".


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