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Grande festejo: Ferroviários comemoram os 87 anos da Madeira Mamoré


Publicada em: 10/07/2018 17:28:59 - Atualizado


Porto Velho, RO – Foi celebrado nesta terça-feira 10 a nacionalização da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a data relembra os 87 anos do empreendimento e foi festejado em grande estilo, com um público seleto entre ferroviários, autoridades e remanescentes da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM).

O evento foi animado pela Banda de Música da 17ª Brigada Militar, que elevou para cima a autoestima dos participantes e dos personagens do momento, trabalhadores de mais de trinta nações, além de amigos, apoiadores e parceiros da Estrada de Ferro, construída no século passado e deu lugar à centenária Vila dos Ferroviários.

Abrilhantando a festa, a Associação da categoria fez celebrar missa campal no pátio externo do prédio da antiga Estação Central dos Trens pelo padre Fontenelle da Sagrada Família da Igreja Católica. Na ocasião, católicos e evangélicos deram-se às mãos e louvaram ao Senhor Deus.

Com citação a nomes de parte dos ferroviários ainda vivos foi feita homenagens póstumas aos que tombaram ou morrera durante a construção da Estrada Ferrovia, bem como, em discurso, o presidente da Associação dos Ferroviários, José Bispo de Morais, 83 anos, “defendeu o retorno dos trens aos trilhos até a Vila Santo Antônio”.

Na plateia, representantes do poder executivo municipal (Márcio Martins) e do governo do estado (Eurípedes Miranda Chefe da Casa Civil), os quais garantiram “a revitalização do Complexo Ferroviário pelo Consórcio Santo Antônio, e a retomada da linha férrea até ao limite da cobiçada Vila Santo Antônio”.

O Vice-Presidente da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMM), George Telles (Carioca), lembrou que “tudo começou no dia 10 de Julho de 1931, quando o governo brasileiro assumiu a Ferrovia”, durante o período de crise da borracha (látex), forçando a entrega do empreendimento ao Brasil.

Carioca fez referencias aos sentimentos da família ferroviária que lutam desde o século passado, além da revitalização do Complexo à Vila Santo Antônio pelo tombamento da estrada até aos limites dos trilhos a Guajará-Mirim, realizando, desse modo, “o sonho de todos que lutaram (e lutam!) pelo retorno dos trens aos trilhos sobre os dormentes”.

Com o término do ato cidadão, missa rezada e discursos à parte, além das homenagens póstumas aos heróis da construção da “Ferrovia do Diabo e aos Cuidadores atuais do rico acervo da EFMM”, a Associação dos Ferroviários agradeceu a Federação do Comércio, Consórcio Santo Antônio, Prefeitura, governo do Estado e a União Federal na busca da consolidação do projeto maior dos ferroviários – fazer o trem andar, outra vez, até Guajará-Mirim, na fronteira binacional Brasil-Bolívia.


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