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Com tradução em libras e balé de cadeirante, Parada Gay deste ano foca inclusão


G1

Publicada em: 23/05/2018 15:19:43 - Atualizado

BRASIL - Comitiva de deficientes físicos, interpretação em libras e balé de cadeirantes. Essas são algumas das atrações previstas para a Parada Gay de São Paulo, que neste ano acontece no dia 3 de junho. "A Parada não é só para gays. É para LGBT, para a família e para todos. Somos o maior evento do mundo", afirma o diretor artístico Heitor Werneck.

Esse é o segundo ano dele à frente do evento, que promete focar na inclusão em sua 22ª edição. O desfile seguirá seu percurso tradicional, saindo da frente do Masp, na av. Paulista, e descendo a rua da Consolação, contando com ao menos 18 carros alegóricos.

Na edição anterior foram 19, mas Werneck diz que mais três ainda podem ser incluídos na programação. Os artistas que se apresentarão neste ano ainda não foram divulgados, mas o diretor artístico diz que todos os carros terão uma performance teatral, de dança ou circense, além de DJs transexuais, cegos, gays, entre outros.

No primeiro trio, a cantora lírica Maude Salazar ficará responsável pelo Hino Nacional. Ainda como parte da inclusão prometida pelo diretor artístico, são esperados cortejo folclórico, grupo de índios - que fará um grito de guerra antes da entrada do primeiro carro alegórico- e um estande de ciganos. Bonecos gigantes agêneros, feitos de papel machê, também desfilarão.

O esquenta, que acontece das 8h às 11h, terá um jogo do time de vôlei gay Angels, na avenida Paulista, com direito a torcida organizada. Já no palco montado no Anhangabaú, estará entre as atrações para depois do desfile a drag Kitana Dreams, que faz sucesso no YouTube se comunicando em libras.

ELEIÇÕES

.Em um ano com potencial para muitas definições no cenário político nacional, os organizadores da Parada Gay decidiram transformar as eleições em tema da festa. O anúncio já tinha sido feito no final do ano passado. Na época, a associação responsável pelo desfile afirmou que pretendia, com o tema, dar visibilidade a candidatos que realmente se interessam pela causa LGBT, sigla que neste ano ganhou mais uma letra.

Segundo a associação, essa é a primeira vez que a ONG inclui o I e o sinal + na sigla LGBT para representar o intersexo e outras identidades, ficando LGBTI+. Apesar de uma reivindicação da comunidade, Werneck minimizou a importância da mudança na sigla. "Eu, particularmente, acho isso uma besteira. São várias letras, mas somos todos um".


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