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Vídeo: Ex-prefeito é preso em flagrante com R$ 130 mil enterrados em seu sítio

O flagrante foi um desdobramento da Operação Chorume, uma parceria da Polícia Civil com o MPE-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro).


noticias.uol

Publicada em: 31/03/2021 14:40:00 - Atualizado


RIO DE JANEIRO - O ex-prefeito de Carmo (RJ) Paulo César Gonçalves Ladeira foi preso ontem em flagrante após a Polícia Civil encontrar R$ 130 mil enterrados em seu sítio dentro de canos de PVCs. A polícia informou que o próprio político foi quem indicou onde a quantia estava enterrada. O flagrante foi um desdobramento da Operação Chorume, uma parceria da Polícia Civil com o MPE-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) que investiga a cobrança de propina da empresa que fazia a coleta de lixo da cidade.

São investigados na operação o ex-prefeito, a vereadora Rita Estefânia Gozzi Farsura, a Faninha (PSC), o ex-secretário de Meio Ambiente do município Ronaldo Rocha Ribeiro, e o empresário Murilo Neves de Moura, apontado como um dos sócios da empresa Forte Ambiental. Eles são suspeitos de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa e prevaricação. O UOL não localizou os advogados de defesa dos suspeitos até a publicação da reportagem.

Assim como o ex-prefeito, os outros três envolvidos na investigação também foram presos, mas com mandados de prisão preventiva expedidos na última quinta-feira (25).

Prefeito de Carmo entre 2013 e 2020, Ladeira foi intimado a depor e, segundo a Polícia Civil, admitiu ter recebido propina da empresa responsável pela coleta de lixo na cidade. Ele alegou que, por não ter como justificar os valores recebidos, decidiu enterrar o dinheiro em seu sítio, na zona rural de Carmo.

Segundo a investigação, o próprio ex-prefeito levou os policiais até o local onde o dinheiro estava enterrado. Os policiais contaram R$ 130 mil em espécie, divididos em pacotes, acondicionados nos tubos de PVCs e enterrados. Ladeira foi autuado em flagrante por lavagem de dinheiro, na modalidade ocultação de valores procedentes de crime.

Áudio vazado De acordo com o MPE-RJ, as investigações começaram a partir de um áudio em que três pessoas negociavam o pagamento de propina a vereadores de Carmo. Em troca, os parlamentares aprovariam projetos ou medidas que beneficiariam a empresa. A identidade dos interlocutores foi obtida após perícia feita pela CSI/MPRJ (Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP-RJ).

Além das prisões, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Carmo, Campos, São Fidélis e Macaé, todas no norte do estado do Rio de Janeiro. Foram apreendidos telefones celulares e documentos, que farão parte da continuidade da investigação com o objetivo de identificar outros envolvidos.


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