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CRÔNICA DE FIM DE SEMANA: - Já Podeis da Pátria Filhos - por Arimar Souza de Sá


Publicada em: 02/12/2018 11:41:02 - Atualizado

CRÔNICA DE FIM DE SEMANA


Já Podeis da Pátria Filhos
- Arimar Souza de Sá

O ano está se esvaindo, e com ele acontecimentos fantásticos nos arquivos da vida nacional. Falcatruas e falcatruas dos vermelhos, ou de outras cores, fazendo folia na mídia e cravando assim registros na lata do lixo da História. Com o ruído das pulseiras da Polícia Federal se fechando nos pulsos sujos dos incautos, o país vai se se purgando de seus grandes pecados.

Mas parece que tudo foi ontem... O Lula empolgando as massas, dizendo-se o exterminador dos que solapavam a Nação brasileira, o grande redentor dos fracos e oprimidos, desde a instalação da Nova República. Seria, por assim dizer, o corregedor dos vieses dos governos anteriores até FHC, e o prognóstico de uma vida menos turbulenta. Acreditamos e embarcamos.

Disse-o bonito e arrepiou a Nação no discurso de posse: este é o meu primeiro diploma, o de Presidente do Brasil... Mas os muitos outros cursos que ele iria fazer, e seria diplomado, estavam ocultos em seu coração.

O primeiro foi de orientador do mensalão, com os discípulos Dirceu, Genoíno, Palloci e outros. Nesta senda, consagrou-se e recebeu do Ministério Público o último diploma, como o maior ladrão do mundo, e hoje amarga atrás das grades, em Curitiba, seu desatino desavergonhado.

Dos seus erros crassos, um foi colocar na Presidência da República uma analfabeta que se jactou economista e deixou o Brasil na maior crise econômica desde Vargas, não obstante os “avanços” na plantação de mandioca e no estoque de vento, ambos de sua lavra, que por justiça havemos de reconhecer...

De líder inconteste, Lula amargou vários problemas e veio, às escâncaras, a podridão, versada na compra de imóveis e reformas com recursos de propina. Haja vergonha na cara do barbudo e de sua legião de seguidores, sobretudo dos míopes que transformam fanatismo em lógica.

Na verdade, o Lula falastrão, não passa de um inocente útil nas mãos da velha guarda corruptiva que vem desde a instalação da República. Odebrecht e Cia tornaram-se bilionárias à custa da compra de fortes canetadas de quem esteve no poder, nestes obscuros tempos de Sarney a Temer.

Ninguém disse, mas o problema não é o "Furtum" do Estado espelhado nos saques violentos das estatais. Creiam, a questão está adernada no próprio instrumento de licitação utilizado pelos agentes públicos, onde uns permitem os erros e outros atuam como “fiscais” de papéis sujos – até o MP por a nu a situação.

Na verdade é assim: eu sou Lula, (cruz credo) e determino a abertura de processo licitatório por telefone, e dito as regras: depois do mexe-mexe “licitatório”, respaldados pelas pompas do artigo 37 da Constituição Federal, o ganhador do certame é a Odebrecht, por "milagre". E lá se vão estádios, plataformas marítimas, túneis, hidrelétricas, etc. – tudo em nome do desenvolvimento nacional.

E o pior nisso tudo é que os Tribunais de Contas “fazem de conta” que não estão vendo e não agem nessa fase, deixando para constatar apenas quando o estrago está feito contra os cofres do Estado – quando quase nada ou nada mais pode ser feito.

Enfim, o que foi exposto pela Lava-Jato foi a “miopia seletiva”, para não dizer a total conivência das autoridades supostamente fiscalizadoras, a canalhice dos costumes, a leviandade e má fé dos agentes públicos, mercadejando descaradamente, na calada da noite, o dinheiro do contribuinte.

Só não falaram, no entanto, no instrumento “legal” que respalda todos esses estragos – A Lei 8666 /93, das Licitações, através da qual todo esse “mecanismo” é instrumentalizado, com estofo de coisa séria, quando na verdade seu objetivo é apenas favorecer os famintos abutres de plantão, que há décadas se alimentam da miséria humana brasileira.

Mas, com a caneta de Sérgio Moro, a impressão que se teve é que ressurgimos de um pesadelo. A marginália jogou duro, afiou os dentes, comeu as gorduras do País como porcos magros no chiqueiro – mas, quando cinturão apertou, baixaram ao hospital, fugiram, escafederam-se no vendaval de imoralidades tantas, que nem reza de São Cipriano pode exorcizá-los.

Agora, no entanto, a única coisa que se pode evitar, é deixar o Lula morrer na cadeia. O fanatismo pelo ladravaz é tanto que, sem dúvidas, seus cegos seguidores e os nordestinos o transformarão em santo, e em pleno ABC erguerão uma estátua e colocarão na lápide: São Lula, o Puro...

E não terá Silva, todos somos Silva, nos ajoelharemos em preces, milagres ribombarão e caravanas virão do Nordeste em romaria e usarão bandeiras vermelhas e haverá fúrias de amor na constelação dos aflitos no seu levante ao altar.

Mas tomara que os tempos estejam realmente mudando. O povo dominou a Rede Globo. As redes sociais inventaram o Capitão Bolsonaro, um político do baixo clero, que vem tentando inverter a marcha dos donatários da República.

Da emissora do Plim Plim, do jornal O globo, da Folha de São Paulo, não se sabe o que vai restar em sua gestão, assim como para os artistas fanáticos sustentados pela Lei Rouanet, que colapsaram ante a força das redes sociais.

Dir-se-ia que a vontade do povo trouxe um escolhido para o berço da República, deixando acéfalos os “donos” dela. Tomara que esse gesto seja de acerto e não de iniquidade.

Mas a vontade do povo fez mais: baniu 80% dos políticos corruptos e os poderosos partidos minguaram quase se nivelando aos nanicos.

Agora, parece que vamos trilhar uma nova estrada. Tomara! Haverá, Deus queira, mais atenção aos “grandes lances” e às grandes obras. E estaremos mais vigilantes com o caixa do governo e as Caixas de Previdências. Haveremos de consolidar a República com a força do povo pelo povo.

Proteger o cofre que lhe pertence por direito é tarefa do povo, e só ele pode exercitar essa fiscalização, posto que o “já podeis da pátria filhos” ressurgiu no horizonte do Brasil, e é tarefa de todos, agora, reconstruir a Nação que tanto sonhamos.

E assim, Deus nos ajude!
AMÉM!



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