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Teatro Dominguinhos completa 30 anos de história

O antigo Mercado Municipal demolido na primeira gestão de José de Abreu Bianco para construção do atual Teatro Dominguinhos...


Correiopopular

Publicada em: 18/07/2020 01:51:56 - Atualizado

Ji-Paraná - RO - Em 1990, o Mural de Notícias reportava a intenção da Prefeitura de Ji-Paraná de construir um teatro flutuante em uma das margens do rio Machado. Projeta-se um espaço próprio para a formação da cultura local para atender às contínuas reivindicações da classe artística que durante anos, realizou apresentações em palcos improvisados ou em espaços públicos alternativos.

O projeto inicial previa a instalação de um teatro flutuante: um projeto ousado, porém dispendioso que procurava aproveitar os recursos naturais da cidade. Todavia, por causa da complexidade da obra, a administração municipal optou pela construção de um prédio em terra, com a remoção da antiga estrutura do mercado municipal e indenização dos proprietários de boxes.

Construído no fim da década de 1960, o Mercado Municipal por muitos anos foi referência no comércio da antiga Vila de Rondônia. Porém, nos anos 90 sua estrutura (por falta de manutenção) estava comprometida e, para muitos, não passava de um “amontoado de tábuas velhas” que impedia a revitalização do centro da cidade.

A construção do teatro teve início ainda na gestão de José de Abreu Bianco (1989-1992). Nela, foi erguida a estrutura principal do prédio. Durante a administração de seu sucessor, Jair Ramirez (1993/1996), os trabalhos ficaram paralisados por quatro anos. Desavenças do atual prefeito com membros da classe artística adiaram o sonho de se possuir um teatro.

Retomada nas administrações de Ildemar Kussler (1997-2000) e Acir Gurgacz (2001/2), a obra foi concluída apenas em março de 2001. Foram cerca de dez anos de espera por um prédio que deveria ser concluído em 70 dias. Muitos foram os motivos para a interrupção dos trabalhos, como também vários os nomes escolhidos para o teatro.

Em 14 de dezembro de 1992, a Lei nº. 474 de autoria do vereador Rildo César Rios elegeu o nome do pioneiro José Antonio Raul Iglesias Moreda (Raul Espanhol) para o teatro ainda em construção. A classe artística reagiu e sugeriu o nome da atriz Sônia Araújo, falecida em 1984, mas não foi atendida.

No ano de 1997, o recém chegado diretor de Cultura da cidade, Guilherme Vaz, ignorou a lei municipal e arbitrariamente modificou o nome do teatro para Marco Zero. A alteração se sustentava no argumento histórico que no local havia surgido à cidade, tendo como referência a Estação Presidente Pena (atual Museu das Comunicações Marechal Rondon) construída por Cândido Rondon em 1914.

O nome do teatro sofreria nova modificação pela Lei Municipal nº 938 de 14 de setembro de 1999, que mais uma vez alterou o nome do prédio em homenagem ao músico Domingos da Silva Lima, o Dominguinhos, que falecera no ano anterior.


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