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porto velho, sexta-feira 29 de março de 2024
RONDÔNIA - As constantes fugas de presos registradas na capital do estado e em Presídios do interior, têm preocupado o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), que atribui as ocorrências ao fato do Governo do Estado ter retirado os Policiais Militares das guaritas externas das Unidades Prisionais.
Só na capital do estado, no último domingo (31), 28 presos fugiram do presídio Ênio Pinheiro, e apenas um foi recapturado até agora. Em fevereiro passado, outros 14 apenados também fugiram e na madrugada dessa terça-feira (02), mais 11 que estavam recolhidos na Penitenciária do Urso Branco ganharam as ruas, totalizando cerca de 53 apenados livres em dois meses só em Porto Velho.
Em Novembro de 2018, o Singeperon já havia solicitado providências urgentes, no sentido de determinar ao coordenador geral que providenciasse que todos os policiais da reserva remunerada lotados nas unidades e Sedes administrativas da Sejus, para ocuparem as guaritas dos Presídios, suprindo a real necessidade de segurança externa dos Presídios (confira abaixo o ofício).
Segundo a presidente Daihane Regina Lopes, o Sindicato sempre esteve cobrando das autoridades sobre esse grave problema, "no entanto, nada de concreto ainda foi apresentado. São várias denúncias e registros em livro de ocorrência relatando sobre os fatos".
Ela conta também que o Singeperon também protocolou uma denúncia no Ministério Público de Rondônia (MP/RO) relatando a falta de segurança, invasão e até mesmo resgate de presos, devido a fragilidade desses Presídios sem a segurança das guaritas externas.
Enquanto isso, observa Daihane, "mais fugas podem ocorrer a qualquer momento nos Presídios do Estado, tendo em vista não ter segurança nas guaritas externas, facilitando assim as fugas em massa de presos de alta periculosidade".
A presidente do Singeperon reforça que a situação é crítica e muito grave, já está mais que comprovado que, sem a segurança nessas guaritas a tendência é piorar ainda mais. "Quem padece com tudo isso é a sociedade, podendo ter perdas irreparáveis, devido a omissão e falta de compromisso por parte do Poder Público", reforça, requerendo providências urgentes quanto as guaritas desguarnecidas.
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