BRASIL - Deputados federais aliados do presidente do PSL, Luciano Bivar, na guerra contra o presidente Jair Bolsonaro querem expulsar o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) do partido. De acordo com Júnior Bozzella (PSL-SP) há entendimento na legenda de que o terceiro filho do presidente já está suspenso das atividades partidárias.

O partido também vive uma acirrada disputa pela liderança na Câmara travada entre Eduardo e o atual líder delegado Waldir (GO).

Com a suspensão ele não pode mais participar de comissões na Câmara dos Deputados e nem exercer cargo de líder, vice-líder ou posto de comando nos diretórios municipais, estaduais e nacional da sigla.

O terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

"Eduardo está suspenso junto com os outros. Não quero saber se é 01, 02, 03 ou 010, desrespeitou o partido tem que sair igual ao resto. Estamos fazendo isso com qualquer um que ataca o partido. Eles estão sendo agressivos por orientação dos advogados, talvez estejam agindo para serem expulsos", disse Bozzella.

Além de Eduardo, Bozzella afirmou que também estão suspensos do PSL e são alvos de pedido de expulsão no conselho de ética do partido os deputados Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP) e Alê Silva (MG).

Para serem validadas as suspensões precisam ser analisadas pela mesa diretora da Câmara, presidida por Rodrigo Maia (DEM-RJ). "É uma questão administrativa", disse Bozzella.

A crise na sigla iniciou em setembro, quando deputados revelaram que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.

O clima piorou no dia 8 de outubro, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer a sigla e que Bivar estava "queimado pra caramba". Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados, opondo os aliados do presidente e os que estão do lado do deputado pernambucano.