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AFLIÇÃO CONTAGIANTE - Por Arimar Souza de Sá: Jornalista, advogado e diretor do Rondonoticias


Publicada em: 16/11/2018 11:21:32 - Atualizado

Ontem andei vazio/sem pedaços de mim próprio. Quis entrar, não havia portas/ quis sair, as pernas adormeceram/ cruéis ventanias deixaram-me aflito e aí gritei : mãeeeee - acho que ela nem ouviu! Um grito meu, teu, nosso de aflição, quando se avizinham as tormentas.

Vi-me, assim, pelas minhas próprias fraquezas e imperfeições. Pela dor lancinante, ainda, de cirurgia no joelho, - à margem - claudicante e enfermado sem saber porque, numa simples queda, rompi o quadríceps.

De repente, bateu o desespero ao ver na TV a aflição do Lula em depoimento. Presidente, homem e menino, que era esperança e, pela ganancia, jogou tudo fora.

Tive pena, vi-o, assim, maltratado/como sem pernas. Mesmo assim, arrogante, mamãe querendo gritar, também. A juíza viu e não ouviu. Titubeante, por suas próprias peripécias, querendo sair da porta do sofrimento, na marra/ quase nu/ da multidão, muito só/ vazio, sem cara, sem nada, à beira do cadafalso.

Perdeu!


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