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    porto velho, quinta-feira 25 de abril de 2024

“Processo eleitoral de um modo geral é corrupto”, avalia especialista

Em entrevista ao Programa, Aluízio Vidal falou sobre a educação em sociedade e outros assuntos de interesse de todos


Jaqueline Alencar / Rondonoticias

Publicada em: 29/05/2019 10:39:23 - Atualizado

PORTO VELHO RO - O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas na capital em pela Rádio Caiari 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa terça-feira (28), o professor, psicólogo, pastor e líder político Aluízio Vidal.

O especialista iniciou o programa falando sobre as pressões que enfrentamos no dia a dia ao viver em sociedade. Para isso, disse que temos três válvulas de escape, porém essas “válvulas sociais”, que criamos não têm sido saudáveis.

“Dentro delas temos: a ira que tem causado tragédias; as doenças psicossomáticas, criadas pela pressão diária; e o prazer, que também podem virar uma forma de pressão a exemplo do ‘vinhozinho’ diário que pode se tornar alcoolismo”, exemplificou.

Corrupção

Ao falar sobre corrupção na política, o psicólogo fez um paralelo sobre o comportamento humano, pois segundo avaliação dele, “o processo eleitoral de uma forma geral é corrupto, tanto que pessoas de bem, têm dificuldade de participar do processo político eleitoral, pois ele gera a desesperança”.

Seguindo o raciocínio, Aluízio Vidal explanou que, na concepção cristã, o homem nasce corrupto, pois “somos todos pecadores e falhos. Por isso, o espaço público precisa ser mais visível possível. Precisamos radicalizar a democracia. Tudo tem de ser às claras, as decisões precisam ter participação popular”.

Fazendo um paralelo sobre corrupção no comportamento diário do cidadão comum mencionando casos como saques em caminhões com alimentos e outros produtos que se envolvem em acidentes de trânsito e a política, o especialista concluiu: “A mudança não vai começar no Congresso Nacional, ela acontecerá primeiramente dentro de casa”.

Questionado se este primeiro passo está próximo de acontecer no Brasil, o psicólogo sorriu em tom de negação, e disse: “se pegarmos a infância de hoje e a de antigamente, por exemplo, me parece que nos perdemos. Melhoramos um pouquinho nos últimos tempos, mas bem pouco, pelo que precisa acontecer. Ainda somos uma sociedade pouco amadurecida politicamente”.

Sobre as operações policiais e no judiciário que vêm ocorrendo em nacional e estadual, o professor disse que “quanto mais policias, não significa que a corrupção está diminuindo, pelo contrário, significa que temos muita corrupção”, para explicar que a mudança educacional em sociedade ainda está longe de ocorrer.

Para ele, o trabalho de todas as fiscalizações de órgãos do judiciário é uma mostra de que é necessário se passar por ela (a mudança educacional) e que “a família brasileira precisa mudar sua postura ética”.

Juventude

Usando o pensamento de Sócrates “o jovem tende a ser rebelde” para responder sobre o comportamento dos jovens na atualidade, o psicólogo disse que os filhos são resultado do que lhes foi ensinado. “Respeito a autoridade, aos mais velhos, organização e outros princípios, precisam e devem ser mantidos”, observou.

Na avaliação dele, o medo do autoritarismo, levou a falta de respeito por autoridade. “Somos uma geração que chamávamos nossos pais de senhor e senhora, hoje é mais difícil”, mensurou, lembrando os ensinamentos do povo judeu sobre o princípio bíblico de temor a Deus como modelo a ser seguido para avaliar a forma atual de criação dos filhos em meio à modernidade e as novas tecnologias.

“Estamos terceirizando tudo, não temos tempo para as conversas. Quanto mais nos escravizarmos ao consumismo, estamos assumindo o papel de uma sociedade fria, cada vez mais distantes um do outro, incluindo a família e os próprios filhos”, concluiu.

Manifestações Pró-Bolsonaro

Sobre as manifestações do último domingo, o líder político foi enfático: “estamos vivendo um momento muito ruim. Um Governo pedir para a população se manifestar em seu favor não é um sinal de força, e sim de fragilidade”.

No programa, o entrevistado também respondeu outras perguntas dos ouvintes, incluindo sua saída da vida política que, conforme esclareceu não tem cunho pessoal e sim ideológico; tirou dúvidas sobre relacionamento familiar e em sociedade ressaltando que “é preciso lutar por famílias saudáveis como nosso bem maior. Vamos errar muitas vezes, mas é preciso tentar”; e outros assuntos de interesse de todos, encerrando com a frase do Velho Testamento:

“Haverá um dia em que o coração dos pais se converterão aos filhos, e o coração dos filhos se converterão aos pais. Este é grande sinal de uma sociedade saudável”.

CONFIRA A ENTREVISTA:

A VOZ DO POVO - Entrevista Aluízio Vidal


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