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porto velho, quinta-feira 18 de abril de 2024
Seja para aqueles que não ingressaram no ensino superior ou até mesmo como segunda opção para quem não conseguiu colocação no mercado de trabalho após concluir a graduação, os cursos técnicos têm ganhado cada vez mais adesão para quem busca se profissionalizar pagando pouco e em um curto espaço de tempo.
Isso porque os cursos costumam ter duração média de dois anos e as mensalidades, normalmente, são acessíveis, principalmente quando há bolsas de estudos que possibilitam que o estudante se qualifique pagando menos de R$200 por mês.
Quem resolveu ir por esse caminho foi a jornalista baiana Irina Vieira, de 29 anos, que ingressou no curso técnico de Radiologia após não conseguir emprego formal na área da comunicação social. “Acho mais rápida a entrada no mercado de trabalho após um curso técnico porque tem o encaminhamento para o estágio e para a área de trabalho, pois eles indicam o aluno”, conta, Irina, que agora tem expectativa de sair do curso com uma vagano mercado de trabalho.
O caso da jornalista não é isolado, pois há registro no aumento de número de estudantes ingressantes no ensino técnico, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a última Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua).
“Novos caminhos”
Para reforçar o acesso à modalidade de profissionalização técnica, o Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta terça-feira (8), o programa federal “Novos Caminhos", que visa estimular o ensino técnico no país. Segundo o MEC, estão previstos editais em apoio a projetos de iniciação tecnológica que somam R$ 5 milhões cujos os recursos já estão previstos para o orçamento de 2020.
Além da abertura de novas vagas para cursos técnicos, o programa pretende capacitar e incrementar o treinamento de 40 mil professores com educação técnica, tanto presencial quanto a distância, e regularizar 11 mil diplomas de quem se formou até 2016. A proposta é atender 3,4 milhões de pessoas até 2023, entre elas os estudantes que fazem o ensino médio e os jovens e adultos que não trabalham e não têm formação.
O programa surge com o objetivo de quebrar preconceitos no país contra as funções técnicas. “Umas das coisas que temos que fazer é quebrar o preconceito contra trabalhador técnico. Muitos cursos técnicos permitem uma renda superior à de alguém formado em um curso superior que não tem foco na realidade”, declarou o ministro da educação Abraham Weintraub, durante o lançamento do projeto.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil