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CRÔNICA DE FIM DE SEMANA: ​Da Tragédia, sobra a Esperança - Por Arimar Souza de Sá


Rondonoticias/Arimar de Sá

Publicada em: 14/01/2018 09:40:35 - Atualizado



DA TRAGÉDIA, SOBRA A ESPERANÇA

Por Arimar Souza de Sá

A história brasileira é feita de solavancos. A cana de açúcar, as minas de ouro nas alterosas. O café. A escravidão. A Guerra do Paraguai. A lei Áurea e a instalação da República. A separação da Igreja Católica do Estado. A rebelião das províncias, a Ditadura de Vargas, os comunistas, a construção de Brasília. A Quartelada de março de 1964, a nova República, o impeachment dos presidentes Collor de Melo e Dilma Rousseff, a luta de Lula pelo poder e pelo dinheiro alheio, a mentira socialista, dentre outros, compõem o cenário de fantásticos solavancos em solo brasileiro.

Contudo, ostentamos ainda, a condição de décima economia do mundo, mantendo incólume a soberania nacional em um território de 8 milhões de quilômetros quadrados. Falamos a mesma língua, respiramos o mesmo ar do Caburaí, em Roraima, ao Chuí, nos confins do Rio Grande do Sul.

Mas, em plena era da globalização, registramos níveis de pobreza absoluta. Favelas germinam nos arredores dos principais estados e não conseguimos agregar à sociedade de consumo cerca de 60 milhões de brasileiros.

Temos no dia a dia irmãos nossos lutando na barganha dos lixões das grandes cidades. Fracassamos no combate às doenças endêmicas como a malária, dengue, febre amarela e agora, a chikungunya.

Encolhemos o PIB e assistimos a avalanche da corrupção nas últimas décadas. Criamos castas no legislativo, executivo e judiciário. A segurança pública, ante o avanço da criminalidade, perdeu força. Na verdade, somos, quiçá, um país com um dos maiores índices de criminalidade do mundo e há, ainda, uma centena de outros vieses históricos que poderíamos mencionar.

Mas ingressamos num novo ano e não devemos perder a esperança. Quem sabe vamos colocar num painel gigante os nossos sonhos e num cantinho desse painel, isso que chamamos de lixo acumulado do passado.

Vamos pensar num país que seja dirigido por pessoas decentes, desatreladas desse modelo perverso de transgressões dos costumes. Vamos ao sufrágio nas urnas este ano, escolher caras novas para ocupar os cargos nos estados e na união.

Avante na inovação na política, desatrelando-nos dessas agremiações partidárias ultrapassadas e vorazes, que repetem pessoas como Paulo Maluf e Sarney há cinquenta anos, lembrando que há necessidade de outras lideranças para ventilar com vigor esse ar fétido recolhido ao longo da estrada dessa lodosa Nova República.

Não podemos mais conviver com a turma do Lula, do Centrão, do Aécio, do Collor e do Sarney. Afinal, somos ou não somos um país livre? É... Parece que somos um povo acorrentado pela dinastia de políticos inescrupulosos que se assentaram no Congresso com propósito exclusivo de enriquecimento pessoal. Na votação do orçamento retalham os recursos públicos para as bancadas “de A a Z”, enquanto isso, os pobres morrem nos hospitais e a nova burguesia se deleita em passeios para os EUA, Europa, Ásia, África, Oceania.

Por isso, e bem por isso, precisamos de um Pablo Picasso para pintar a nossa “Guernica” usando tintas fortes para banir a intolerância dos que se instalaram no poder, não para defender os direitos do povo, senão para o enriquecimento sem causa ou encobrir seus crimes sob o manto do famigerado foro privilegiado.

Vamos banir o Lula porque ele adoeceu no afã de ficar rico com a riqueza do povo. O Temer porque se enroscou com questiúnculas corruptivas e não tem mais “tutano” para governar. O Aécio porque era uma farsa. Escolha, assim, meu internauta/leitor, aquele que você vai banir, porque o voto é a única arma de tanger ratos para suas tocas em tempos de paz.

Vamos aproveitar a coragem de Joaquim Barbosa, prendendo os “mensaleiros”, do Sérgio Moro, “canetando” empresários corruptos e corruptores e ajudar aos outros juízes a ter coragem de passar a limpo o Brasil, transfundindo o sangue do juiz curitibano.

No mais, neste ano que se inicia, vamos trabalhar, lembrando que só a força do trabalho modifica o contexto de um país porque o ócio mofa.

Enfim, que não haja receio na limpa que se propõe e que o ano de 2018 se consagre como o inicio de um novo ciclo, onde a primavera seja primavera, o inverno seja inverno, o verão seja verão e o outono seja outono...

Que as fases da lua nos protejam trazendo a tranquila abundância nos campos, trabalho para todos e, sobretudo, de voltarmos a ter orgulho de sermos brasileiros, sob as bênçãos jorradas de Deus.

AMÉM


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