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Representantes de Guaidó controlam embaixada da Venezuela em Brasília

Grupo ligado ao opositor de Nicolás Maduro consegue acesso da representação diplomática horas antes do início da Cúpula dos Brics


Estadão

Publicada em: 13/11/2019 08:25:47 - Atualizado

BRASIL – Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (13), horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula d BRICS, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.

Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local de Tomas Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil. A embaixadora Maria Teresa Belandria não está no País.

Segundo comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.

Leal a Maduro, adido militar fica do lado de fora da embaixada

Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar foi acionada. O adido militar chavista, leal ao regime, ficou do lado de fora. É a primeira vez que eles entraram na Sede, ainda controlada pelo chavistas, desde que presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.

diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.

Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no País façam o mesmo e garantem ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

Na TV, Maduro pede que milícias civis patrulhem as ruas da Venezuela

Em pronunciamento televisivo nesta terça-feira, Maduro, fez um apelo às milícias civis para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição.

Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para o sábado, 16.

Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas em todo o país.

O presidente da Venezuela disse que as mesmas forças “imperialistas” que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo, 10, querem tirá-lo do poder.


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