PORTO VELHO RO - Em julgamento realizado nessa segunda-feira (25) e que se adentrou à madrugada desta terça-feira (26), o Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho condenou Erivaldo Resende de Meireles a pena de 16 anos de reclusão, em regime inicial fechado.

O homem é acusado de matar a ex-esposa Edna Braz Nóbrega de Lima. Ela era diretora de um Posto de Saúde em Candeias do Jamari e foi executada com dois tiros na cabeça em julho de 2018. 

Durante o julgamento, Erivaldo passou a maior parte do tempo de cabeça baixa. Uma amiga de Edna foi a primeira a testemunhar e disse em seu depoimento que a vítima havia revelado à ela que vinha sofrendo ameaças do réu.

Julgamento adentrou pela madrugada desta terça-feira. Foto: Divulgação/TJ-RO

Depois da amiga de Edna, um policial testemunhou e confirmou que amigas dela relataram que ela vinha sendo ameaçada e, em certa ocasião, à recebeu armado com um revólver e não a mataria, pois os filhos estavam em casa.

Também segundo o depoimento do policial, o crime foi premeditado. Na sessão de julgamento ele revelou que a filha dos dois teria apagado os aplicativos de conversa do pai dela em meio aos preparativos do velório e as investigações apontaram que Erivaldo pode ter cortado caminho por dentro da propriedade até o local exato da execução.

O réu por sua vez alegou inocência, disse que nunca mexeu com arma e nunca teve um revólver em casa.

Sessão de Julgamento. Erivaldo (de blusa amarela) disse ser inocente. Foto: TJ-RO/Divulgação

Entenda o caso

De acordo com o Boletim de ocorrência, o crime aconteceu no dia 16 de julho de 2018, na Zona Rural do distrito de Triunfo, município de Candeias do Jamari.

A sentença de pronúncia narra que no dia dos fatos, a vítima, Edna Braz Nóbrega de Lima, de 44 anos, havia acabado de sair do sítio, em seu veículo, quando avistou o acusado acenando para ela parar. Após Edna estacionar o seu carro e baixar o vidro, iniciou uma discussão relativa ao fim do relacionamento. Por não aceitar, o acusado retirou a chave da ignição do veículo e agrediu a vítima com puxões de cabelo. Em seguida, sacou a arma e atirou na cabeça da mulher.

De acordo com as informações da Polícia, um caminhoneiro que passava pelo local encontrou a mulher ensanguentada dentro do veículo que estava estacionado no acostamento.

A vítima chegou a ser socorrida, mas a caminho do Pronto Socorro do Hospital João Paulo II, não resistiu e morreu.

Depois de 20 horas de julgamento, a sentença que condenou Erivaldo foi lida pelo juiz José Gonçalves da Silva, por volta das 3h30 de hoje. 

O corpo de jurados foi formado por sete pessoas – quatro homens e três mulheres e 12 testemunhas foram ouvidas, quatro delas de defesa.

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