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Tufão Hagibis provoca inundações e deixa mortos no Japão

Quatro pessoas morreram, 90 ficaram feridas e 15 estão desaparecidas. Mais de 6 milhões de pessoas em todo o país estão sob alerta.


G1

Publicada em: 13/10/2019 00:06:36 - Atualizado

MUNDO: O tufão Hagibis, um dos mais fortes a atingir o país nas últimas décadas, chegou ao Japão neste sábado (12) com fortes ventos, provocando inundações e deslizamentos. Quatro pessoas morreram, 90 ficaram feridas e 15 estão desaparecidas, de acordo com o balanço mais recente.

Milhões de pessoas ficaram confinadas em casa e as ruas ficaram desertas na capital, Tóquio. Os aeroportos de Haneda (Tóquio) e Narita (Chiba) suspenderam mais de mil voos - principalmente domésticos. Mais de 430 mil casas estão sem energia elétrica.

As autoridades emitiram alertas e ordens para deixar as casas para mais de 6 milhões de pessoas em todo o país, segundo a Reuters. Cerca de 17 mil policiais e militares foram mobilizados para as operações de resgate.

O tufão tocou o solo em Shizuoka, na península de Izu, no sudeste de Tóquio, às 19h (no horário local). Um terremoto de magnitude 5,7 sacudiu Tóquio logo depois.

A tempestade, que o governo disse ser a mais forte a atingir Tóquio desde 1958, trouxe uma quantidade de chuva recorde em muitas áreas, incluindo a popular cidade turística de Hakone, com 939,5 mm em 24 horas.

Os operadores de trens suspenderam extensivamente os serviços de trens-bala, enquanto muitas linhas de trem e metrô em Tóquio também ficaram inativas na maior parte do sábado. Normalmente, os movimentados bairros de entretenimento e compras, como Shibuya e Ginza, estavam desertos.

Mesmo depois que o tufão se afastou da capital, um especialista alertou para novas inundações, já que várias prefeituras vizinhas começaram a liberar água das barragens, deixando-a fluir rio abaixo para evitar rompimentos.

"A situação agora está pior do que na noite passada", disse Nobuyuki Tsuchiya, diretor do Centro de Pesquisa de Riverfront do Japão, à Reuters.

Mortos

O tufão deixou dois mortos até o momento. "Um homem de 49 anos foi encontrado morto em uma caminhonete virada", disse Hiroki Yashiro, porta-voz do departamento de Bombeiros de Ichihara, em Chiba. Uma pessoa morreu no desabamento de uma casa em Tomioka.

A agência meteorológica alertou para os fortes ventos e mar violento na madrugada de domingo (13) em muitas regiões do país. Há previsão de que as rajadas de vento cheguem a até 216 km/h.

Transportes

As autoridades temem que o tufão gere caos nos transportes, porque sua passagem coincide com um fim de semana prolongado no país. Como segunda-feira (14) é feriado, muitos japoneses planejavam viajar de trem ou avião.

As duas principais companhias aéreas, JAL e ANA, cancelaram várias centenas de voos regulares neste sábado, principalmente domésticos.

Todos os trens de alta velocidade (Shinkansen) entre Tóquio e Nagoya foram cancelados, e também os que ligam Nagoya e Osaka (oeste).

Fábricas e parques

As fábricas do país também se adaptaram, como a Toyota, que previa o fechamento de três de suas unidades neste sábado, segundo a agência de imprensa Kyodo.

Os dois parques de diversões da Disney em Tóquio também fecharão neste sábado, disse um porta-voz da empresa que os administra, a Oriental Land. Esse foi o primeiro fechamento relacionado ao clima desde 1984.

F-1 e Copa do Mundo de Rúgbi

Os organizadores do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Suzuka, perto de Nagoya (centro da cidade), cancelaram todo o programa deste sábado: os treinos livres foram limitados a sexta-feira e os de classificação para domingo de manhã, pouco antes do início da corrida.

Duas partidas da Copa do Mundo de Rúgbi marcadas para este sábado foram canceladas na quinta-feira: França-Inglaterra em Yokohama e Nova Zelândia-Itália, encontros que atrairiam cerca de 115.000 espectadores.

Tufão Faxai

No início de setembro, a região de Tóquio foi atingida pelo poderoso tufão Faxai, com rajadas superiores a 200 km/h. A tormenta causou pelo menos duas mortes e mais de cem feridos e danificou dezenas de milhares de casas e inúmeras infraestruturas elétricas.

Na prefeitura de Chiba, periferia de Tóquio, quase um milhão de residências ficaram sem energia, e em dezenas de milhares delas, a corrente elétrica só retornou duas semanas depois.






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