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    porto velho, sexta-feira 19 de abril de 2024

MP acha milhões de reais em dinheiro na casa do ex-secretário de Saúde do RJ

O ex-secretário é investigado por suspeitas de irregularidades nos contratos de Saúde do RJ durante a pandemia de Covid-19...


G1

Publicada em: 11/07/2020 13:31:20 - Atualizado

A operação do Ministério Público que prendeu nesta sexta-feira (10) o ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos encontrou em uma casa dele milhões de reais em dinheiro, foram encontrados pelo menos R$ 5 milhões.

Prisão em Botafogo

Santos foi preso em casa nesta manhã, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Após ser levado à Cidade da Polícia e, em seguida, ao Instituto Médico Legal, o ex-secretário foi conduzido à Unidade Prisional da PM, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

O ex-secretário é investigado por suspeitas de irregularidades nos contratos de Saúde do RJ durante a pandemia de Covid-19, e deverá responder por peculato – corrupção cometida por funcionário público – e organização criminosa, segundo o MPRJ.

Áudios reforçam acusação

Os promotores apresentaram provas de que o próprio ex-secretário fazia a interface com empresas interessadas em contratar com a secretaria. Em certas ocasiões, diz o MPRJ, Santos realizava prévia indicação daqueles que seriam contratados em processos administrativos que estavam por vir.

Em uma conversa de áudio no celular de Neves, Edmar Santos determinava a criação de uma “lista secreta” daqueles que seriam fornecedores da pasta.

"(...)Mapeia para mim todos os endereços de depósito de distribuidor de medicamento, distribuidor de material médico e distribuidor de equipamento aqui no Rio de Janeiro. Cara, todos esses endereços de depósito, deixa uma lista aí secreta contigo. Só eu e você vamos ter acesso a isso", instruiu Santos a Gabriell Neves, ex-subsecretário que também está preso.

R$ 1 bilhão em contratos emergenciais

Além disso, há suspeitas de irregularidades nos contratos firmados sem licitação. Entre eles, o de compra de respiradores, oxímetros e medicamentos e o de contratação de leitos privados. O governo do RJ gastou R$ 1 bilhão para fechar contratos emergenciais.

Dos 1 mil respiradores comprados pela pasta, apenas 52 foram entregues e não serviam para pacientes com Covid-19. Os contratos foram firmados com três empresas, também investigadas.

Outros 97 aparelhos chegaram no fim de junho e estão no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, encalhados.


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