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Antes só: Confúcio destoa do MDB e mantém pré-campanha avulsa ao Senado


Publicada em: 19/06/2018 09:44:22 - Atualizado

RONDÔNIA: Apesar de toda a celeuma que vem criando dentro do MDB pela sua independência política, Confúcio Moura continua com a sua peregrinação estadual avulsa, trabalhando na sua pré-campanha ao senado da República.

Na última semana o comando do partido chamou o ex-governador para uma conversa a respeito, mas Confúcio não teve horário na sua concorrida agenda para ouvir as orientações partidárias.

É sabido que a candiatura de Confúcio transcende os limites partidários emedebistas e que o próprio Moura é hoje muito maior que o MDB, mas de acordo com as orientações eleitorais, para ser candidato é necessário uma filiação partidária e, para isso, algumas regras precisam ser respeitadas, dentre elas a fidelidade e companheirismo.

O que acontece é que Confúcio Moura sabe muito bem que a imagem do MDB está bastante desgastada. Essa descolada inicial seria uma forma de mostrar-se alheio aos escândalos envolvendo o partido, principalmente com o seu líder maior no estado, Valdir Raupp, que tem apontado contra si denúncia de envolvimento na lava jato.

A reclamação do MDB é que nas visitas que tem feito em todo o estado, Confúcio não estaria trabalhando o nome dos demais pré-candidatos emedebistas, como o de Maurão de Carvalho, (que entrou no partido sob a bênção de Confúcio e o compromisso do partido de abraçar a sua candidatura ao governo) e de Valdir Raupp, que vai à reeleição ao senado, concorrente direto de Confúcio.

Ao reclamar da postura independente de Confúcio, os emedebistas lembram do empenho do partido e suas lideranças para confirmar a sua primeira disputa ao Palácio Rio Madeira em 2010, disputada com a correligionária Suely Aragão, bem como na sua campanha à reeleição em 2014, quando o partido encampou defesa no STF e no TSE pró liberação de Confúcio, que estava inelegível até então, conseguindo a sua liberação.

À revelia destes apoios e ciente de que quanto mais longe do MDB melhor será para a sua candidatura, ainda a ser confirmada em convenção no mês de agosto, Confúcio costura apoio em todas as legendas, do PT ao PSDB. Como são dois votos para o Senado, quer garantir uma das vagas, independente de quem seja o seu colega no parlamento maior, nos próximos oito anos.

Deputado Federal por três mandatos, prefeito de Ariquemes por dois, governador do estado por quase oito anos, empresário, pecuarista, médico e líder político, Confúcio quer encerrar a sua carreira política no Senado, aproveitando o status e o foro privilegiado de Senador, para se livrar de condenações de improbidades administrativas, adquiridas ao longo da sua vida pública.


Por: Jocenir Santanna


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