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    porto velho, quinta-feira 18 de abril de 2024

Confúcio reage contra traição e ataca Valdir Raupp e Tomás Correia nas redes sociais

Ex-governador grava mensagem e extravasa todo o seu ódio, fruto do rancor contra Raupp e dirigentes emedebistas que vetaram seu nome para disputar uma das vagas ao Senado.


Rondonotícias

Publicada em: 15/07/2018 11:16:48 - Atualizado


RONDÔNIA: Habitualmente calmo, sereno, sem dar pistas de seus conflitos pessoais, oex-governador Confúcio Moura-MDB, perdeu a compostura, "abriu a caixa de ferramenta" e atacou o senador Valdir Raupp e o presidente do MDB regional, Tomás Correa nas redes sociais.

Essa desavença entre Moura e Raupp já vinha sendo noticiada pelo Rondonotícias desde o mês passado. Seu auge, no entanto, foi nesse sábado, 14, com a divulgação de áudios onde o ex-governador confirma que está sendo preterido dentro do MDB pelos caciques da legenda, no que tange a sua intenção de disputar uma das duas vagas ao senado. Confúcio se diz traído por Raupp e Tomás, chamando a dupla de bandidos descarados.

Os áudios foram publicados pelo Painel Político e confirmam as informações que de Confúcio estaria sendo boicotado dentro do MDB e que não disputaria o Senado. Nas gravações destinadas a uma aliada a quem se refere como Lena (que o Rondonotícias apurou se tratar de Helena Bezerra, ex-prefeita de Itapuã do Oeste e chefe da Superintendência Estadual de Pessoas - SEGEP - na gestão de Confúcio Moura), ataca seus colegas de partido, pedindo, inclusive, para que se inicie uma campanha nas redes sociais para mostrar aos emedebistas o que está acontecendo, afim de conquistar apoio dos convencionais e garantir a sua candidatura ao senado.

Ao lançar a sua pré candidatura ao senado e viajar por todo o estado de forma solitária, descolado do partido e procurando-se manter longe de Raupp, investigado pela Lava Jato e de Maurão de Carvalho, pré-candidato do MDB ao governo do estado, discordando inclusive de encaminhamentos da sigla, Confúcio se achou maior que o partido, tentando impor a sua candidatura, em detrimento a todos os interesses do MDB e de Valdir Raupp, o maior prejudicado com a insistência do ex-governador. Plantou uma ventania e vem colhendo tempestade, que pode lhe custar a vaga ao senado, e o que é pior, a inelegibilidade por até oito anos e as consequências jurídicas que a falta de um mandato e do foro privilegiado possa trazer.

Durante os seus quase oito anos de Governo, Confúcio Moura fez muitos inimigos dentro do MDB, dentre eles o próprio presidente da sigla, Tomás Correa e muitos dos convencionais do partido, de quem ele agora precisa para garantir a vaga. A maioria destes preteridos dentro do governo emedebista, foram prestigiados de uma forma ou de outra por Raupp e agora prometem dar o troco ao ex-prefeito de Ariquemes.

Confúcio procurou manter distância do MDB e do senador Valdir Raupp. Ele compôs seu governo da forma que bem entendeu, a chamara República de Ariquemes. Não pediu opinião a ninguém e limitou ao mínimo possível indicação de emedebistas para cargos no Executivo. Governou com amigos e parentes. Hoje não tem aliados na Executiva do partido nem entre os convencionais que vão decidir quem será ou não candidato.



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