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    porto velho, sexta-feira 19 de abril de 2024

Valdir e Marinha Raupp sentem traições de ex-pupilos que ajudaram na política


Rondonotícias

Publicada em: 03/08/2018 10:15:42 - Atualizado

PORTO VELHO: Comeu e virou o cocho! A grande maioria dos leitores já ouviu e sabe que este aforismo surgiu pelo fato de que o porco normalmente faz isso, logo depois que come. Mas creio que muitos não se deram conta, de que o porco age desta forma por puro instinto, na busca de mais alimento e não com a intenção de simplesmente desfazer do artefato que lhe foi útil.

Diferentemente do suíno, alguns seres humanos costumam sugar o que podem numa teta e quando ela está quase seca ou precisando de apoio para voltar a encher, simplesmente descartam de modo nada sociável e nas mais variadas situações, por simples promessas de tetas mais cheias de vagas mais gordas ou mansas, servindo a estes então a colocação dispensada até então aos “porcos”.

Na política, não é diferente. O cidadão que até então não é ninguém na ordem do dia, usa do prestígio de lideranças o quanto pode, se aproveita das mais diversas situações e oportunidades e na hora de retribuir os favores recebidos durante o longo da vida, simplesmente muda de time, buscando um novo espaço, alguém novo para sugar politicamente, deixando à ver navios quem sempre lhe foi a tábua de salvação.

Em Rondônia o Senador Valdir Raupp (MDB) e a Deputada Marinha sentem na pele esse efeito cocho virado. Pupilos que até antes de ontem eram seus defensores, pois recebiam os maiores benefícios como cargos públicos, investimentos em candidaturas e até mandatos importantes, hoje lhe viram as costas como faziam aos leprosos no início do século passado.

Dois exemplos: O ex-secretário de Saúde do estado, candidato a prefeito da capital em 2016, só é quem é hoje na política porque sempre ocupou cargos públicos indicados pelo casal Valdir e Marinha Raupp, desde o governo de Jerônimo Santana, quando começou como mero estagiário na secretaria de fazenda. O outro foi secretário de educação do município de Porto Velho, vice-prefeito e depois prefeito da capital no final do governo do petista Roberto Sobrinho. Foi para o comando da Casa Civil do último governo emedebista, bancado por Raupp, e hoje joga contra Marinha e Valdir.

Na política, mais do que na própria vida, não se pode esperar gratidão de quem não a tem para oferecer. Valdir Raupp venceu nesta quinta-feira, 02, uma batalha no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo o processo que envolvia seu nome na Operação Lava Jato arquivado pelo Ministro Edson Facchim, mas amarga dentro do seu próprio partido, o desgosto do abandono de quem tanto ajudou a crescer.


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