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    porto velho, terça-feira 16 de abril de 2024

Chefe do Ibama diz não saber de nada sobre operação que queimou maquinários

Carlos Alberto Paraguassu também afirmou que desconhece a conduta incendiária dos fiscais do Ibama, mesmo isso sendo recorrente em ações do órgão


Rondonotícias

Publicada em: 15/08/2018 15:04:38 - Atualizado

PORTO VELHO: O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Rondônia, Carlos Alberto Paraguassu, foi convidado pela Assembleia Legislativa para explicar os excessos e a truculência dos fiscais do Instituto, em operações realizadas no interior do estado, onde empresas foram fechadas e maquinários e veículos foram queimados, sem dar a chance de defesa ou o direito ao contraditório aos empresários madeireiros.

Em mais de uma hora de conversa, Paraguassu desconversou e chegou ao ridículo de afirmar que não tinha conhecimento da operação e nem das atitudes incendiárias dos fiscais, que tem sido padrão em todas as atividades de fiscalização, onde diante de qualquer indício de irregularidade, a empresa é fechada, o maquinário é lacrado e caminhões e tratores queimados no local.

Na sua explicação, o superintendente do Ibama disse aos deputados não ter conhecimento do ocorrido e nem da operação realizada em Cujubim, que segundo ele, foi organizada pelo Ibama de Brasília, sem notificação à superintendência local. Paraguassu estava acompanhado do chefe de fiscalização local do Ibama, Saulo Gouveia, e do superintendente do instituto no Acre, Carlos Gadelha, que devem ter ficado envergonhados.

A afirmação de que não foi informado da operação e nem conhece os métodos incendiários dos fiscais do Ibama causou risos entre os parlamentares e os madeireiros presentes na reunião, pois todos sabem, mesmo porque a imprensa já noticiou inúmeras vezes o procedimento que parece ser padrão no órgão

A justificativa do superintendente soou como descaso e falta de compromisso com o desenvolvimento do estado por parte do órgão e deixou a sensação de que o Ibama local, por não ter sido, segundo o superintendente, sequer avisado da operação do órgão no estado e deixou dúvidas quando a competência do superintendente e a suspeita da conduta e competência do Ibama regional, que tem uma operação feita na sua área, sem sequer ser avisado.

Os deputados querem a cabeça do superintendente pois ele deixou a impressão de ser o bobo da corte.


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