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Governo prepara 'reforma social' na economia

A equipe econômica está preparando novas medidas para estimular a geração de empregos na saída da pandemia...


Assessoria

Publicada em: 11/07/2020 17:46:51 - Atualizado

A equipe econômica está preparando novas medidas para estimular a geração de empregos na saída da pandemia. O mercado de trabalho foi drasticamente afetado pela paralisação da atividade em todo país. O fechamento do comércio e de serviços prestados às famílias e escritórios empurrou cerca de 18 milhões de brasileiros para fora da força de trabalho.

“Nossa prioridade é encontrar uma forma de reduzir o custo do trabalho. O governo reuniu especialistas de dentro e de fora do setor público para buscarmos juntos as soluções. Tudo que fizemos até agora foi capaz de preservar 12 milhões de postos formais com as medidas de manutenção do emprego e da renda. Agora temos que encontrar a melhor forma de induzir o emprego quando a pandemia acabar”, disse um integrante do Ministério da Economia.

Ele nega que o governo esteja preparando uma nova reforma trabalhista, como a que foi aprovada em 2017, flexibilizando a CLT.

“Agora vamos fazer uma reforma social. Tem muita coisa que pode ser feita, benefícios que já existem e estão mal focalizados. Nós temos 60 milhões de pessoas que foram atendidas pelo auxilio emergencial e precisamos ver quantos voltarão ao mercado de trabalho e quantos ainda irão depender da política social. O novo beneficio vai ter que ser maior do que o Bolsa Família, mas com incentivo a busca pelo emprego”, explicou a fonte ouvida pela coluna.

Tudo deverá ser feito sem aumento dos gastos, remanejando o orçamento federal para que a nova política social do governo seja financiada sem ultrapassar os limites fiscais, como o teto de gastos. Uma das saídas em análise é usar o fundo de financiamento da educação básica, o Fundeb, para transferir renda às crianças carentes. As despesas do fundo não são contabilizadas para o cumprimento do teto.

O ministro Paulo Guedes também não desistiu da criação de um imposto sob operações financeiras, parecido com a antiga “CPMF”, para financiar a desoneração do emprego. Mas enfrenta forte resistência do Congresso Nacional.


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