O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir, na tarde desta quarta-feira (26), com deputados da chamada ala bolsonarista do PSL para tratar sobre um possível retorno dele ao partido. O próprio presidente, durante uma live, já havia falado sobre o assunto, dizendo que não descartava essa possibilidade.

Segundo uma fonte ligada a Bolsonaro, para o retorno se concretizar seria necessário que o PSL anulasse a suspensão dos deputados aliados do presidente e retirasse dos diretórios estaduais os parlamentares que costumam realizar ataques ao chefe do Executivo, como por exemplo, Joice Hasselmann (SP).

Aliado de Bolsonaro, o gaúcho Bibo Nunes teve embates públicos com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e está suspenso desde junho de 2019, quando o partido o tirou das comissões de Turismo e Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. Bibo afirma que seu maior problema é com Bivar, mas não descarta uma reaproximação:

— Eu tenho conversado com vários deputados do outro lado do PSL, o clima é bom, eles estão intercedendo. Tem apenas uns três do outro lado (senador Major Olímpio e os deputados Bozella e Joice Hasselmann) que não querem. Depois de uma separação dessas, a gente volta com mais experiência, mais união. Acho pouco provável que dê certo essa volta, mas há chance. Eu diria que 60% de não dar e 40% de dar.

O senador Major Olímpio tem criticado essa aproximação e afirma que "dignidade não tem preço". "Num dia ninguém do PSL presta, depois Bolsonaro quer voltar? Quem disse que o PSL quer?", postou no Twitter.