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    porto velho, sexta-feira 19 de abril de 2024

ELEIÇÕES 2018: ​Daniel vai dizer a Confúcio que apoiará Acir Gurgacz ao governo


Rondonoticias/Coluna Sérgio Pires

Publicada em: 19/01/2018 11:12:42 - Atualizado

PORTO VELHO, RONDÔNIA - Falta ainda uma conversa definitiva. Deveria ter ocorrido há alguns dias, mas foi transferida porque o Governador teve que mudar sua agenda na última hora, para comparecer ao funeral da filha do deputado Edson Martins.

Mas o encontro vai acontecer neste sábado, também conhecido como amanhã. Confúcio Moura e Daniel Pereira vão sentar, olhar nos olhos um do outro e começar a definir os compromissos políticos daqui para a frente, planejando o futuro de ambos e do Estado. Quando o encontro terminar, se saberá se Confúcio Moura será mesmo candidato ao Senado e renunciará em 5 de abril, abrindo caminho para que Daniel assuma o governo por nove meses ou se o atual Governador fica onde está, não concorrendo a nada e sem que seu vice seja o sucessor ainda neste mandato. A tendência, a princípio, era de um grande acordo, que já estaria alinhavado. Mas declarações de Confúcio Moura, a uma TV de Ariquemes, podem mudar o quadro. Porque do que ele disse, Daniel aceita tranquilamente a metade. A outra, não topa. E é aí que a coisa pode complicar.

O que Daniel Pereira dirá ao seu companheiro de mandato? Primeiro, que manterá toda a estrutura de governo, as metas, as realizações e os projetos. Mexerá muito pouco na equipe. Vai dizer que o governo de Confúcio é diferenciado para melhor e vencedor. E que ele, Daniel, apenas colocará suas digitais aqui e ali, mas, na essência, nada vai mudar. Essa parte da exigência de Confúcio ele topa. Já topou. O problema é a parte política. Na entrevista de Ariquemes, Confúcio afirmou que só deixará o governo caso Daniel se comprometa com o seu (dele, Confúcio) grupo político. Daniel, como líder partidário do PSB, não vai topar. O que ele prometerá ao Governador é que o nome de Confúcio Moura será apoiado na disputa ao Senado totalmente por ele e por seu partido. Mas o PSB lançará um segundo nome, muito provavelmente o de Jesualdo Pires, o sempre elogiado prefeito de Ji-Paraná, para a outra vaga ao Senado. Ponto final. A partir daí, não tem mais acordo.

O que Daniel afirma é que ele e seu partido cumprirão um antigo acordo político com o PDT e seu líder maior no Estado, o senador Acir Gurgacz e que será ele, Acir, o nome aliado dos socialistas para concorrer ao Palácio Rio Madeira/CPA, nas eleições deste ano. Numa conversa com amigos e parceiros, Daniel encheu a bola do presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, que é o candidato do MDB e de Confúcio ao Governo. Mas reafirmou: “acho Maurão um grande candidato, mas meu partido vai apoiar Acir Gurgacz”. Essa questão, segundo tem repetido o vice governador, não é negociável. Esperemos para ver...

VAI TER ACORDO OU NÃO?

Até agora, esse é o resumo da ópera. Caso Confúcio aceite o apoio incondicional de Daniel à sua candidatura ao Senado e se contentar com isso, estará tudo resolvido. Mas se o Governador bater pé na exigência de que seu vice teria que abrir mão de outros compromissos partidários, para apoiar os nomes do MDB, como deixou transparecer na conversa com o repórter da TV de Ariquemes, não vai dar acordo. O jogo político está andando. Neste final de semana saberemos, enfim, se Confúcio sai do governo para disputar o Senado; se Daniel assume o poder, até 31 de dezembro próximo ou se tudo fica como está. O funil em direção às eleições de outubro está com seu bocal cada vez mais estreito. Todos os partidos e candidatos se mexem. O caso Confúcio/Daniel é um dos mais emblemáticos. No início da próxima semana, já se saberá o que os dois poderosos da política rondoniense decidiram. Acordo ou não? Respostas em breve.


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