O PT ainda não indicou pré-candidato à sucessão de Porto Velho. Por quê? Analistas políticos, contudo, apontam a ex-senadora Fátima Cleide como eventual representante do partido do presidente Lula ao posto hoje ocupado pelo Dr. Hildon Chaves, que caminha para fechar seu segundo mandato e, por força de lei, está fora da disputa, mas já deixou claro de que lado do ringue vai ficar.

É compreensível o silêncio da cúpula petista. Os números das recentes eleições falam por si sós. No pleito para presidente da República, em 2022, Lula não venceu em nenhum município do Estado de Rondônia. Em Porto Velho, Jair Bolsonaro praticamente dobrou a votação em cima do petista. Foram 64,63% do candidato do PL contra 35, 37% do líder do PT. Desde que o então prefeito Roberto Sobrinho foi afastado do cargo, em novembro de 2012, por suspeita de corrupção em licitações, o PT não conseguiu emplacar um vereador sequer. É uma surra atrás da outra. Isso mostra que, em Porto Velho, o PT está morto. Só se esqueceu de deitar para ser enterrado.

Seja qual for a decisão da Cleide, portanto, respeito. Eu, porém, não entraria nessa canoa furada, a menos, é claro, que ela tenha plena consciência de que possui capital eleitoral suficiente para peitar pesos pesados como a ex-deputada federal Mariana Carvalho e o ex-deputado federal e atual diretor geral do Detran, Léo Moraes, dois dos principais protagonistas na disputa pelo palácio Tancredo Neves, por enquanto. Fora disso é suicídio político.