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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Empresa de transportes coletivos de Porto Velho ingressou na Justiça Estadual com ação para encerrar prestação dos serviços


Por Robson Oliveira

07/12/2018 10:44:00 - Atualizado


RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA

SIM – A empresa de transportes coletivos de Porto Velho conhecida como SIM ingressou na Justiça Estadual com ação para encerrar a prestação dos serviços. O sistema em si se tornou inviável por uma série de erros e, caso nada seja feito urgentemente, os usuários do sistema de transporte público da capital correm o risco de ficar sem o serviço

ISENÇÕES - Alvo de críticas de todos os lados, embora seja vítima da forma pela qual é obrigada a manter em operação aos usuários por ser um serviço essencial, a empresa tem acumulado prejuízo devido às isenções concedidas por lei sem que fosse apontada uma fonte de subsídios que indenizasse para que o sistema mantivesse a sua operação viável.

SENSO - Hoje, ao contrário do que revela o senso comum, as críticas são injustas ao SIM, visto que a empresa opera deficitariamente em razão dessas isenções, ou seja, paga para trabalhar, razão pela qual procurou o judiciário para devolver à municipalidade todas as linhas. No entanto, verificando no Google, só há críticas e denúncias contra a empresa.

VERDADE - Agora, com a verdade surgindo para nossas ruas esburacadas,  verificamos que o SIM sempre disse sim para as isenções nas passagens como forma de manter o sistema em operação e está à beira da falência. Ademais, além da tarifa defasada, surgiram a concorrência do UBER e táxi compartilhado, dois serviços igualmente essenciais ao proporcionar à população a concorrência saudável.

SOLUÇÃO – Uma empresa nacional com expertise em mobilidade urbana, a Logitrans, fez um detalhado diagnóstico sobre a área da capital com a composição de custos do transporte coletivo no Brasil, inclusive em Porto Velho, que está nas mãos das autoridades municipais da capital. É um trabalho sério e da melhor qualidade que aponta os gargalos e as alternativas de recuperação do sistema. Entre eles, o ajuste na relação oferta e demanda, regulamentação do uso do benefício dos estudantes, isenção do ISSQN (5%), isenção do ICMS do óleo diesel (competência Governo Estadual), revisão da isenção do idoso de 60 para 65 anos, reposição da inflação no período da última tarifa. São soluções para que o sistema não entre em colapso e não deixe os usuários sem o serviço.

VEREADORES – Tanto o diagnóstico dos problemas quanto as soluções para evitar o caos estão nas mãos dos vereadores e do prefeito de Porto Velho. Ou agem sem demagogia e com transparência, ou o SIM entra em falência em poucas semanas. Não adianta depois chorar o leite derramado. Nem os discursos fáceis e oportunistas salvarão o SIM.

LICITAÇÃO - O problema é tão sério que a própria licitação que está em fase de andamento pode concluir em deserta já que as empresas sabem que são deficitárias as linhas e não estão despertando interesse de nenhum empresário. Quando forem adotadas as soluções sugeridas na consultoria e nada melhorar, será a hora, sim senhor, das críticas acerbas. Enquanto nada é feito, a paralisação do sistema será questão de dias.

FÉRIAS – As férias do governador eleito coronel Marcos Rocha receberam algumas críticas, embora isoladas. Bobagem: todos que se elegem tomam rumo desconhecido por alguns dias para um descanso merecido. Com certeza ele já tem as informações necessárias para adotar as primeiras ações para os problemas estaduais e tem na cabeça os nomes que vão compor o quadro de secretários. Alguns nomes já foram por aí anunciados. Mas o coronel tem conseguido um feito inédito de evitar que sejam vazados todos os nomes. Aliás, ele tem as razões para protelar o anúncio, embora também é uma baita bobagem já que terá que anunciá-los seja hoje, seja amanhã. Quem encarar o pepino terá muito trabalho.

PLACA – Enquanto a média de uma placa de carro com padrão Mercosul está custando nacionalmente em torno de 190 reais, em Rondônia estão anunciando por 300 reais. Um abuso. O Detran é o órgão que mais arrecada e com taxas mais abusivas sem uma contrapartida para o contribuinte que justifique a sanha arrecadadora. Aquilo virou uma sinecura que exige saneamento. Como especulam que é uma mulher que deverá assumir as funções a partir de janeiro, quem sabe se aumenta o estoque de vassouras... 

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