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    porto velho, sábado 1 de junho de 2024

Inflação do aluguel sobe em dezembro, mas fecha 2023 em queda recorde

Dados da FGV mostram que preços tiveram variação negativa pelo 9º mês consecutivo


R7

Publicada em: 28/12/2023 11:16:05 - Atualizado

BRASIL: A inflação do aluguel teve alta de 0,74% em dezembro. Porém, no acumulado ao longo do ano de 2023, o indicador apresentou queda de 3,18%, a maior baixa anual da série histórica, iniciada em 1994. Os dados são do IGP-M (Índice Nacional de Preços — Mercado), levantado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

No mesmo mês do ano passado, a variação mensal havia sido de 0,45%. Em 2022, o indicador fechou o ano com alta de 5,45%. Antes disso, o índice teve retração no acumulado de um ano inteiro apenas em 2009 (-1,72%) e 2017 (-0,52%).

"O IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo], índice que exerce a maior influência sobre o IGP-M, também registrou a menor taxa de variação de sua série histórica para os doze meses findos em dezembro, -5,60%. Ainda no índice ao produtor, os itens que mais contribuíram para a queda da taxa do indicador em 2023 foram: soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%). O IPC [Índice de Preços ao Consumidor] fechou 2023 com alta de 3,40%. No âmbito do consumidor, as maiores influências partiram dos itens gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%)”, explica André Braz, coordenador do estudo.

Para Cláudia Moreno, economista do C6 Bank, o IGP-M de dezembro "evidencia a contribuição baixista no ano para a inflação de bens industriais e de alimentos ao consumidor".

Apesar de o número ter sido positivo em dezembro, ele não foi capaz de impedir que 2023 apresentasse queda. No acumulado dos 12 meses anteriores, o IGP-M está no campo negativo desde abril.

O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil.

Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.








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