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Rondônia cresce em números de apenados que executam atividades laborais, segundo SEJUS

Ano passado o Estado foi o quarto colocado a apresentar os melhores índices, a meta e subir de posição.


Rondonotícias

Publicada em: 16/06/2023 08:08:45 - Atualizado

RONDÔNIA - Rondônia vem trabalhando para ganhar destaques a nível nacional em vários setores e no penitenciário não é diferente. No ano passado o Estado ocupou a quarta posição em relação a quantidade de presos em atividades laborais e agora segue atuando para subir a posição neste ano. Para isso, o gerente de reinserção social, Fábio Recalder, conta que, através da Secretaria de Estado da Justiça, mais e mais convênios são firmados para absorver a mão de obra dos apenados.

Atualmente a população carcerária de Rondônia é de cerca de 14 mil apenados cumprindo pena em todos os regimes, desse total, 5529 se encontram desenvolvendo alguma atividade laboral, sendo 1420 apenados trabalhando dentro das unidades e 4109 saem às ruas para trabalhar. Fabio explica que os convênios pagam um salário acordado por lei aos presos e desse valor é descontado em folha 25%, que retorna para o Governo do Estado, que por sua vez investe no sistema prisional.

“Temos muitos trabalhos sendo desenvolvidos nas unidades, como fábrica de produção de uniformes, de material esportivo, de bloquetes, tudo isso abastece os municípios e o próprio Estado, o trabalho deles fora também tem agradado bastante, alguns convênios chegam a pagar bons salários para que eles trabalhem”, explicou o gerente.

O grande impasse, segundo Recalder ainda é para recrutar empresas do setor privado, ele conta que ainda há bastante resistência, principalmente na Capital. Cidades do interior como Vilhena, tem uma excelente aceitação, tanto que o município tem se destacado no trabalho de reinserção dos egressos.

Outro fator que também preocupa é que enquanto estão cumprindo pena, eles têm um trabalho garantido, porém quando saem outra vez esbarram nas portas fechadas para a oportunidade de construir uma nova vida. Em 2020, o governador Marcos Rocha regulamentou uma lei criada ainda em governos anteriores, onde obriga empresas que prestam serviço para o Estado a completar seu quadro de funcionários com 2% de mão de obra egressa.

Além disso, preocupados com o apoio que os mesmos recebem quando saem da cadeia, a Sejus está em fase de instalação do escritório social, que irá atender aos presos que concluíram suas penas com emissão de documentos, abrindo portas para cursos, oferecendo apoio financeiro para aqueles que precisam retornar a seus lugares de origem, entre outros serviços. “Essa é uma maneira que temos de ajudar o ex apenado a recomeçar sua vida fora do crime, porque geralmente quando saem, eles não têm apoio nenhum e quem chega nessa hora são as facções e acabam oferecendo o que ele precisa”, concluiu.


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