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Fluminense consegue virada importante em lampejos individuais

Coletivo pouco constrói, mas time de Odair "acha" gols com bola parada de Lucca e assistência de Marcos Paulo para Caio Paulista.


GLOBO ESPORTE

Publicada em: 23/11/2020 08:51:00 - Atualizado


BRASIL - Os três pontos conquistados fora de casa, neste domingo, são sim motivo de comemoração. A atuação do Fluminense não. Ou muito pouco. Cheio de desfalques, o time de Odair Hellmann conseguiu quebrar longo jejum de mais de oito anos e vencer de virada o Internacional, até então invicto no Beira-Rio, por 2 a 1. Com o resultado, chegou aos 35 pontos e saltou de oitavo para quinto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro.

O enredo até parecia perfeito, mas o fraco desempenho coletivo da equipe não deixa enganar. É bem verdade que o Inter também não criou muitas chances de perigo, mas o Fluminense mostrou, mais uma vez, dificuldade na criação, além de lentidão – tanto nas transições, quanto nas recomposições.

Antes de uma análise, no entanto, é preciso destacar os problemas que Odair teve para escalar a equipe. Ao todo, foram oito desfalques, sendo seis titulares: Dodi, afastado; Hudson, Michel Araújo e Nino, com Covid-19; e Igor Julião e Fred, com problemas físicos. Egídio e Fernando Pacheco, também infectados pelo novo coronavírus, completaram a lista.

Mesmo que algumas peças sejam contestáveis, é inegável que muitas mudanças de uma vez só possam demandar tempo. O problema é que a equipe seguiu um roteiro já conhecido e pouco produziu ofensivamente. A solução, mais uma vez, apareceu na bola parada, que é também uma fragilidade da marcação do Inter.

No tradicional esquema de três atacantes de Odair, Lucca recebeu sua primeira chance como titular e acabou um pouco "encaixotado" na direita, principalmente no primeiro tempo. Mesmo assim, foi um dos que mais tentou e acabou coroado com um gol olímpico e salvador, uma vez que a equipe dava pouquíssimos sinais de criação.

Wellington Silva, aberto pela esquerda, pouco apareceu. O característico arranque dos velhos tempos parece não engrenar mais; em seu lugar, muitos passes para o lado.

Já Marcos Paulo foi acionado para fazer a função de 9. Mas não tem sido a dele. Pouco participativo como centroavante, o camisa 11 cresceu de produção – e fez o time crescer junto – quando foi recuado para o meio. Aos 30 do segundo tempo, Nenê deixou o campo e o jovem virou "o 10" do Flu. Cinco minutos depois, quebrou as linhas de marcação com ótimo passe para Caio Paulista virar a partida.

Os 21 minutos de jogo em que Marcos Paulo atuou no meio de campo já foram suficientes para pensá-lo na posição. Mesmo que para isso seja preciso abrir mão do esquema. Responsável pela articulação do time neste domingo, Nenê não funcionou, ainda que tenha faltado também aproximação de seus companheiros.

Para o jogo contra o Bragantino, na próxima segunda-feira, Odair não deve contar com a maioria dos jogadores ausentes contra o Inter. Hudson já é desfalque certo. Os demais infectados, mesmo que já estejam recuperados e tenham cumprido os 10 dias de isolamento, não devem estar fisicamente condicionados. Fernando Pacheco é o que tem mais chances. Assim como Igor Julião e Fred, que já estão em recuperação de, respectivamente, dores na coxa e entorse no tornozelo.

Além disso, é preciso buscar uma solução para a vaga de Dodi. O volante era o "motorzinho" do time e um dos principais responsáveis em dar velocidade na transição da defesa para o ataque.


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