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    porto velho, domingo 28 de abril de 2024

Mapa da desigualdade coloca Curitiba de um lado e Porto Velho do outro


Laila Nery Colaboração para o UOL

Publicada em: 26/03/2024 09:42:13 - Atualizado

IMAGENS Levy Ferreira/SMCS e G1

BRASIL: Das 16 capitais do Norte e Nordeste, 15 estão entre as que têm piores indicadores sociais do Brasil. A capital mais desigual é Porto Velho e a menos, Curitiba, segundo o Mapa da Desigualdade, divulgado hoje pelo Instituto Cidades Sustentáveis.

O que aconteceu

Além de Curitiba, aparecem no topo do ranking Florianópolis e Belo Horizonte, com os melhores indicadores. A capítal de Santa Catarina se destaca por ter a menor fatia da população abaixo da linha da pobreza: 1%.

Os piores indicadores se concentraram em Porto Velho, Recife e Belém. O estudo aponta que os estados do Norte e Nordeste são os que menos investem em melhorias sociais.

A pesquisa usa dados sobre saúde, educação, moradia, renda, violência e saneamento nas 26 capitais. A partir deles, foram reunidos 40 indicadores de diferentes áreas de atuação do poder público municipal.

Salvador tem o pior porcentual de moradores abaixo da linha da pobreza. Uma parcela de 11% da população sobrevive com menos de R$ 21,23 por dia. A capital baiana também tem os piores indicadores para desnutrição infantil (4%) e desocupação (16,7%).

Moradores de Belo Horizonte vivem cerca de 15 anos a mais do que quem mora em Boa Vista. Segundo os pesquisadores, a média de idade ao morrer das pessoas que moram na capital mineira é de 72 anos; na capital de Roraima, a média cai para 57 anos — o menor número entre as capitais.

Nos rankings de gênero, Campo Grande teve o pior desempenho. A cidade tem a menor participação de mulheres na Câmara de Vereadoras (3,5%) e a maior desigualdade salarial (a mulher ganha um salário equivalente a 0,64 do total que um homem recebe). Porto Alegre tem a maior presença de mulheres na Câmara Municipal (30%), e Macapá, a menor razão de desigualdade salarial por gênero (0,97).

São Paulo teve o melhor índice de população atendida com esgotamento sanitário, com o serviço universalizado. Em Porto Velho, 5,8% da população vive sem esgotamento sanitário regularizado.

Ainda em relação às moradias, mais da metade da população de Belém vive em favelas (55%). O melhor indicador nesse quesito é o de Campo Grande, onde apenas 1,4% da população vive em bairros sem planejamento.


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