PORTO VELHO,RONDÔNIA- De 2016 até os dias atuais, os números relacionados à violência contra a mulher revelam dados alarmantes e, no mínimo, curiosos. O número de agressões e feminicídios de mulheres brancas caiu mais de 50%; já quando se fala em mulher negra, o número aumentou e chega à assustadora marca de 80%.

Os dados são do Geledés Instituto da Mulher Negra.

“Hoje a mulher negra sabe a que veio e entende que pode chegar onde deseja, mas ainda temos muitos problemas quando pensamos em saúde da mulher e violência, tanto que os dados mostram uma disparidade grande quando comparado à mulher branca. Para que isso seja reduzido promovemos a coletividade e entendemos que juntas podemos lutar por nossos direitos com mais força”, afirma Ieda Leal, secretária nacional da promoção da igualdade racial.

Ieda esteve presente na IV Conferência de Promoção da Igualdade Racial, realizada em Porto Velho pelo governo do estado através da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas). O evento, que teve início no dia 28 e vai até 30 de novembro, reúne representantes de órgãos governamentais, não governamentais e da sociedade civil organizada.

A secretária adjunta da Seas, Vilma Alves, fez a abertura da conferência que carrega o tema “O Brasil na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça e igualdade de direitos”, pontuou questões diretamente relacionadas ao racismo. “Devemos lembrar que os povos afrodescendentes estão entre os mais afetados por este mal. Muitas vezes, além disso eles têm seus direitos básicos violados, como saúde e educação”, resumiu.

O evento teve início no dia 28 e vai até o dia 30 de novembro.

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