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    porto velho, sexta-feira 26 de abril de 2024

Para fugir das taxas do iFood e Rappi, restaurantes investem no próprio delivery

Os aplicativos fizeram esse mercado explodir no Brasil...


Assessoria

Publicada em: 31/07/2020 16:20:18 - Atualizado

Os aplicativos de entrega estão por toda parte nas grandes cidades brasileiras. Rappi, Uber Eats e iFood, por exemplo, têm suas marcas estampadas nas costas de motoboys de todo o país. A popularização desses aplicativos foi rápida e ganhou ainda mais tração no período mais rígido de isolamento social, entre março e junho. Mas essa não é a única opção para fazer os pedidos chegarem na casa dos consumidores.

O delivery existia antes desses grandes marketplaces, com os restaurantes – especialmente as pizzarias – contratando motoboys e traçando para eles as rotas de entrega mais eficientes. Porém, os aplicativos fizeram esse mercado explodir no Brasil.

No ano passado, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estimou que o mercado movimentou R$ 15 bilhões em 2019. Sem a pandemia, a expectativa era que a expansão fosse de 20%. Mas a quarentena fará com que o crescimento seja de 30%, a R$ 19 bilhões. 

Agora, estabelecimentos que optam pela operação “à moda antiga” conseguem cortar custos, ter mais controle sobre a qualidade do delivery e remunerar bem os entregadores. Mas esses benefícios são para os que conseguem lidar com cozinha e a logística ao mesmo tempo.

É o que faz o Estela Passioni, que entrega comida saudável, com ingredientes frescos, na região de Pinheiros, em São Paulo. Antes de pensar em deixar a comida em cima do balcão para ser levada por um entregador de aplicativo, Mariana Yoshimoto, sócia do restaurante, decidiu desenvolver um sistema próprio para delivery, com um site “feito em casa”. 

E deu certo: há três anos operando só com entregadores contratados pelo estabelecimento, ela não pensa em abrir mão do sistema. “Tenho todo o controle da operação, o que me dá uma segurança maior. Isso já fazia sentido antes da pandemia e agora faz ainda mais”, diz Yoshimoto. 

O Estela Passoni reabriu seu salão no dia 20, mas se viu dependente do delivery já que o movimento na loja física é “quase inexistente”. Antes da pandemia, metade do faturamento já vinha dos pedidos entregues pelos colaboradores da empresa na região de Pinheiros. 


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