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Faperon fala sobre atribuições de queimadas aos produtores

Para a Federação, produtores, proprietários rurais e população do estado são vitimas de incêndios. Confira o posicionamento na íntegra:


Assessoria

Publicada em: 24/08/2019 10:26:07 - Atualizado

RONDÔNIA - Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), os produtores de Rondônia e da Amazônia legal, tem sido responsabilizado pela grande mídia nacional, por inúmeros focos de incêndios ocorridos no Estado e em todo o bioma amazônico, regiões do cerrado, região do pantanal, Bolívia e principalmente por incêndios urbanos da periferias das cidades e ao longo das BRs Estaduais, Federais e margem dos rios.

Em 2019 o período seco está sendo prolongado desde o mês de maio com à agravante de várias frentes frias que contribuíram para a secagem do solo e das plantas, favorecendo incêndios provocados ou ocasionais, trazendo inúmeros prejuízos e comprometendo o patrimônio privado como perdas de animais, queima de cercas e demais infraestrutura básica das propriedades rurais,e também expondo a população a severos riscos de saúde com problemas respiratórios.Nos registros existentes os focos de queimadas têm ocorrido em maior frequência nas proximidades e periferias das cidades, rodovias e principalmente nos municípios da regiões norte do estado em áreas de abertura de fronteira agrícola, mesmo com esta situação existente as áreas de desmatamento e foco de queimadas tem sido menor que os anos anteriores.

Na maioria das áreas de produção de Rondônia o setor produtivo rural tem adotado o uso de várias tecnologias de produção de grãos e de recuperação de pastagens degradadas, sem o uso do fogo.A produção mecanizada de grãos como soja, milho, algodão, utilizam a dessecagem com herbicidas para o controle de ervas daninhas e o uso da técnica do plantio direto das culturas em solo protegido de matéria orgânica. Da mesma forma as propriedades que trabalham com criação de bovinos em pastagens intensiva e extensiva, utilizam as boas práticas agropecuárias como correção de solo, adubação, rotação de pastagem o que necessariamente não utiliza fogo para manutenção. As lavouras com grande expressão econômica como a cafeicultura e cacauicultura, utilizam práticas e técnicas modernas e sustentável e também não utilizam praticas primitivas como o uso do fogo.

Nós, produtores de Rondônia temos consciência e compromisso com a sustentabilidade da produção dos nossos negócios, razão que defendemos o que dispõe o Código Florestal Brasileiro e o cumprimento das metas do Acordo de Paris, no qual pelo dados oficiais, temos preservado na área territorial do Estado de Rondônia mais de 60% de floresta em pé, entre áreas de conservação, áreas indígenas, florestas estaduais,  federais, e ainda as reservas legais e áreas de APPs das propriedades rurais privadas.

Desta forma a população de Rondônia urbana e rural está sendo responsabilizadas injustamente por inúmeros focos de queimadas identificadas no estado neste forte período de estiagem, sendo um contrassenso e irresponsabilidade daqueles que não defendem o desenvolvimento produtivo e sustentável do Estado.Uma vez que o setor produtivo rural é contra o desmatamento ilegal e o uso de fogo sem a devida autorização dos órgãos ambientais e fora do período recomendado.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia, somos contra lutas ideológicas e políticas que envolvem o campo, mas somos favoráveis ao aumento da produção sustentável  e não a utilização do fogo, o respeito as leis ambientais e principalmente a liberdade e a soberania nacional do planejamento e uso da terra, observando suas aptidões de solo e água, para a finalidade produtiva ou de reservas ambiental.


Hélio Dias

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia


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