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    porto velho, sexta-feira 17 de maio de 2024

Sánchez permanecerá no cargo de primeiro-ministro da Espanha após ameaçar renúncia

O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira que permanecerá à frente do Executivo


IG

Publicada em: 29/04/2024 11:21:19 - Atualizado

MUNDO: O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira que permanecerá à frente do Executivo, depois de ameaçar renunciar devido ao assédio pessoal que afirma sofrer da oposição.

"Decidi continuar, continuar com ainda mais força, se possível", afirmou Sánchez em uma mensagem ao país no Palácio da Moncloa.

O anúncio acaba com o cenário de incerteza que começou na quarta-feira da semana passada, quando Sánchez disse que teria alguns dias para refletir sobre a renúncia, depois de criticar o "assédio" da direita e da extrema-direita contra sua família, após a divulgação da abertura de uma investigação judicial contra sua esposa, Begoña Gómez, por suposta "corrupção".

Adepto das ações de grande efeito político, Sánchez cancelou sua agenda pública até esta segunda-feira. Ele não participou nos comícios durante o primeiro fim de semana de campanha para as eleições regionais cruciais de 12 de maio na Catalunha, onde os socialistas tentam retirar os independentistas do poder.

"Mostraremos ao mundo como se defende a democracia, acabemos com esta sujeira da única forma possível, com a rejeição coletiva, serena e democrática, que vai além das siglas e das ideologias, que eu me comprometo a liderar com firmeza como presidente do Governo de Espanha", acrescentou.

- Regenerar a democracia -

As manifestações em Madri e outras regiões da Espanha no fim de semana "influenciaram decisivamente a minha reflexão", declarou Sánchez, que criticou as "farsas deliberadas" apresentadas pela oposição.

"Assumo diante de vocês o meu compromisso de trabalhar sem descanso, com firmeza e com serenidade pela regeneração pendente da nossa democracia", acrescentou em seu discurso o líder socialista, que permaneceu em total silêncio nos últimos dias, sem revelar pistas sobre a sua decisão.

Em caso de renúncia de Sánchez, a Espanha teria novas eleições gerais, apenas um ano após as legislativas de julho de 2023.



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