MUNDO- Um homem inocente foi morto por engano pela polícia americana por causa de um trote telefônico recebido pelos agentes na cidade de Wichita, no estado de Kansas, confirmaram as autoridades na última sexta-feira (30). As informações são do jornal USA Today.

De acordo com a publicação, o telefonema teria sido feito por jogadores do videogame Call of Duty. Segundo o chefe de polícia Troy Livingston, o chamado dizia que um suspeito teria baleado seu pai e mantinha sua mãe e irmãos como reféns em uma residência.

Ao chegar no suposto lugar do crime, os agentes se depararam com o jovem Andrew Finch, de 28 anos, que se dirigiu à porta da própria casa depois de ver as luzes e sirenes policiais. "Quando ele chegou, um dos nossos oficiais descarregou sua arma", afirmou Livingston. Só depois do ocorrido a polícia soube que não havia nenhum refém no local. A corporação divulgou o telefonema e a ação policial nas redes sociais.

O chefe de polícia informou ainda que Finch não teria seguido as recomendações de colocar as mãos ao alto — o que agravou o mal entendido. O jovem — que não possuía armas de fogo — foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo o USA Today, a polícia acredita que o incidente se trata de um caso de "swatting" — quando um falso relato de crime é feito aos serviços de segurança pública com a intenção de levar uma equipe da SWAT (unidade de polícia altamente especializada) a um local onde não há emergências. O "swatting" se tornou uma febre entre jogadores de games online, que usam bloqueadores de identificação de chamadas e outras técnicas para disfarçar seus números de telefone.

No Twitter, usuários denunciaram que dois jogadores do game online Call of Dutyestavam discutindo quando um deles ameaçou atacar o outro em sua casa. O "alvo" teria respondido com um endereço falso — o que gerou toda a confusão.

Ninguém foi preso em decorrência do incidente. O policial que atirou em Finch causando sua morte foi identificado como um agente com mais de sete anos na corporação. Ele foi transferido para funções administrativas enquanto o caso é investigado.