RONDÔNIA: O Partido dos Trabalhadores (PT) já está no fundo do poço. Isso foi confirmado nas eleições de 2016 quando o PT não elegeu nenhum prefeito em Rondônia e apenas uma meia dúzia de vereadores em cidades pequenas. Na capital, Porto Velho, o partido que governou a cidade durante oito anos, simplesmente acabou, sobrevivendo apenas na atuação sindical.

Sem vereador, sem prefeito, com apenas um guerreiro deputado estadual e sem representantes no Congresso, a sigla que já comandou municípios como Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho está se esfacelada.

Tida como rebelde por buscar na executiva nacional a garantia da sua candidatura ao Senado, Fátima Cleide pode ser a tábua de salvação do PT em Rondônia. Se conseguir a eleição, tira o PT do fundo do poço e volta a projetá-lo na escala do poder.

Um erro estratégico do Partido dos Trabalhadores foi não lançar candidatura própria ao governo do estado. Deveria o partido ter lançado o nome do ex-prefeito Roberto Sobrinho, por exemplo, que mesmo que não se elegesse, projetaria a legenda e garantiria o status político.

Hoje o PT é um arremedo de partido político e a única chance de sair do fundo do poço é a sigla se unir em prol da candidatura de Fátima Cleide, cujo crescimento, ajudará a fortalecer as disputas a estadual e federal, embora a coligação não ajude.

Isolado e preterido pela maioria das siglas, a direção do PT não soube negociar as coligações. Algumas lideranças se preocuparam apenas com o próprio umbigo e deixaram de lado o fortalecimento do partido, menosprezaram a força política de Fátima dentro do diretório nacional ao tentar fritá-la e acabaram comprometendo a eleição de todos.

Desesperado, diretório regional do PT pensou só no hoje e esqueceu do amanhã. Deixou de plantar e terá dificuldade de colher. Se não focar na eleição de Fátima, o PT desaparece do cenário político do estado.