PORTO VELHO - Os associados do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho (IPAM) deixarão de ter ao seu dispor já a partir desta segunda-feira, 16 de abril, o Pronto Socorro Infantil 24 horas, que vem sendo atendido pelo Hospital Samar, o único que dispõe dessa modalidade de atendimento no município de Porto Velho.

O motivo, segundo fontes do Rondonoticias, é que o Instituto teria firmado um acordo de valor fixo com três clínicas de Porto Velho, onde o valor total a ser pago ultrapassaria a casa de R$ 1,6 milhão por mês, independente de ter ou não demanda de atendimento, o que vem preocupando alguns conselheiros do Instituto, pois, segundo eles, o valor é muito acima do que vinha sendo praticado até então e a questão do valor fixo suscita desconfiança, pois o IPAM pode estar pagando por um serviço que não vai receber..

Um banner afixado na entrada do Hospital Samar informa que a partir do dia 16 de abril, a instituição hospitalar que é a única no município com esse tipo de atendimento infantil, deixará de atender os associados do IPAM na modalidade de pronto socorro infantil, por não ter recebido nenhuma resposta por parte da diretoria do Instituto, no que diz respeito a ajustes no contrato de prestação de serviços.

Na prática, isso significa que mais de 900 crianças deixarão de receber o atendimento de emergência e não terão para onde correr, senão para os hospitais públicos, uma vez que não há outro hospital que disponibilize o serviço na capital.

Um comunicado distribuído pela diretoria para os conselheiros do Instituto informa aos associados esta suspensão do atendimento do Hospital Metropolitano, afirmando que “o motivo estaria atrelado à renovação contratual”, pois, segundo a diretoria do Ipam “os percentuais de reajustes solicitados pelo Hospital não correspondem com a realidade praticada no mercado”.

Procurada pela nossa reportagem para que informasse aos associados do IPAM o motivo da suspensão do atendimento de Pronto Socorro, a diretoria do Metropolitano informou que há dois anos não há qualquer tipo de ajuste nos valores contratados, que solicitou há mais de oito meses uma revisão da tabela praticada, mas que não obteve nenhuma resposta por parte do Ipam no que diz respeito a esta negociação.

Com a suspensão dos serviços de atendimento de Pronto Socorro 24 horas para os servidores do IPAM, aproximadamente 900 crianças (dependentes), por mês, ficarão sem atendimento, uma vez que o Samar é o único hospital que dispõem de Pronto Socorro Infantil na capital.

No mesmo comunicado que informou a suspensão do atendimento de pronto socorro pelo Hospital Metropolitano, a Diretoria do IPAM diz já ter iniciado conversações com outros prestadores de serviços, mas não deixou claro que as demais unidades de saúde particulares não prestarão o serviço de pronto socorro, pois não as tem.

Procurada na manhã deste sábado, 14, pela nossa reportagem, a diretoria do IPAM não foi localizada. Na sede do instituto não havia expediente e nos telefones dos diretores do Instituto ninguém atendeu. O Rondonotícias se coloca ao dispor da diretoria do IPAM para que ela esclareça esses novos contratos que são considerados suspeitos pelos seus próprios conselheiros em função de sua forma de execução e os valores, que supostamente estariam acima do praticado no mercado.