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Os desafios do governador eleito – Parte II. Por Victoria Bacon


Publicada em: 29/11/2018 15:17:26 - Atualizado

A situação econômica do Brasil se tornou o debate dos governadores eleitos quando da reunião com Jair Bolsonaro há duas semanas. O Brasil tem mais de 14 milhões de desempregados e desse enorme quantitativo soma-se 10 milhões que vivem na informalidade. Os investimentos no país pararam. O déficit público atingiu 563 bilhões equivalente a 9% do PIB e mostra que o sistema de contas públicas está doente e realça a necessidade da reforma da Previdência e de medidas adicionais. A possível demora em se aprovar a Reforma da Previdência poderá levar o país a um choque de alta tensão jamais sentindo antes.

Com essas situações alarmantes o nosso governador eleito Marcos Rocha também deverá tomar medidas as quão impopulares para poder governar com equilíbrio. A primeira medida cremos que seja a diminuição de cargos comissionados. É importante verificar que Rondônia possui proporcionalmente ao seu tamanho (número de servidores públicos) a mais alta quantidade de cargos de natureza comissionada do país. É preciso cortar aquilo que não haverá necessidade e atribuir a servidores estatutários a função desses servidores comissionados que não tem vínculo.

Por que se contratar uma pessoa sem vínculo se temos mão de obra estatutária que pode lhe ser atribuído as mesmas funções com mais economicidade?

O governador eleito terá de diminuir os gastos públicos com pessoal, viagens, diárias e eventos. Há casos de eventos apenas para promover a imagem e nada mais. A quantidade absurda e desnecessária de viagens e diárias nos últimos dois anos é algo escandaloso para um Estado que necessita urgentemente investimentos para a geração de emprego e renda.

O governador eleito terá apenas 87 milhões para investir em todas as áreas do social à infraestrutura básica. É muito pouco para as demandas que se tem a cumprir. Chamo a atenção do leitor para a valorização dos profissionais da educação, Rondônia está entre os 5 estados que pior remuneram os professores no Brasil. Para melhorar o salário e a carreira será necessária medidas urgentes para contenção de gastos e a primeira medida a ser tomada é o corte de comissionados e um melhor e eficaz controle de gastos públicos.

O que existe em Rondônia é um descontrole de gastos que se iniciou no governo Cassol em 2003 e se estendeu até o governo de Daniel Pereira (2018). Há órgãos da administração direta com cargos comissionados além do necessário. O próprio Ministério Público de Contas junto ao TCE-RO tem observado atentamente essa situação que gera inchaço na folha de pagamento desprivilegiando setores vitais para investimento público. O TCE-RO tem alertado os últimos quatro governadores sobre essa situação atípica que acaba atingindo o próximo governador que terá de resolver.

Mauro Nazif (PSB).

Se o pleno do TSE confirmar o impedimento do candidato a deputado federal pelo PDT, Melki Donandon que foi barrado pelo TER-RO a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do MPF, os votos de Melki deixarão de existir e afetará a coligação formada por (PDT, PSB, PTB, Solidariedade, PP, PR, DC e PTC). Com a aplicação do entendimento pacificado do TSE que atingiu o candidato Melki Donadon, o deputado federal eleito Mauro Nazif será o prejudicado e subirá um novo deputado federal.

Escola sem Partido X STF.

O debate da Escola sem Partido no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados) é o mesmo que tentar subir o Everest de costas.Mesmo que seja aprovada pelos congressistas e promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, o STF através de seus ministros, em sua esmagadora maioria ou se não unanimidade, posicionar-se-ão contrários ao projeto da Escola sem Partido. O próprio ministro presidente do STF sinalizou que sendo aprovada e entrando em vigor a Escola sem Partido, o egrégio STF irá analisar a constitucionalidade da lei.Para isso que existe o instrumento sagrado da ADIN- Ação Direta de Inconstitucionalidade que tornará a possível e provável lei em caráter inconstitucional.

Júnior Gonçalves (o empresário).

Muito desnecessária a publicação do senhor Alan Alex em seu Painel Político atacando o empresário Junior Gonçalves que atua nos ramos de alimentos e comunicação (publicidade e propaganda). Sustentar centenas de empregos diretos e indiretos e sobreviver num país com tanta cobrança de impostos a quem é empresário se torna algo como "Super Herói" em terras rondonienses.Ligar o empresário à política é algo totalmente infeliz por parte do jornalista. Junior Gonçalves, acompanho sua trajetória como empresário durante esses anos todos que ele tomou à frente dos cuidados administrativos da Rede Gonçalves de Supermercados e sei o quanto se esforça para poder manter vivo e em pé tamanho e importante empreendimento que se mistura com a história dessa terra.


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