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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Ponte sobre o Rio Jamari, na região de Ariquemes está submersa e preocupa a população. Foto: divulgação/rede social
RONDÔNIA – Depois de liberado o trajeto onde a ponte sobre o córrego Andirá que fica no trecho da BR 364 entre Ariquemes e Jaru, e que foi rompida na última quarta-feira (6) pela forte pressão da água das chuvas, os temporais que permanecem durante o inverno amazônico continuam pedido cautela à quem trafega pelas rodovias de Rondônia e foi o assunto em pauta nas redes sociais neste final de semana.
Vídeos e fotos de vários trajetos que ligam os municípios a outros, e estados de fronteira e que estão alagados, foram postados em quantidade significativa com textos demonstrando grande preocupação em relação às enchentes.
E a população tem mesmo muito que temer. O estado tem histórico de enchentes que trouxeram enormes prejuízos na década de 80 e em 2014, danos e perdas irreparáveis à muitas famílias.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Defesa Civil divulgaram vários boletins nas últimas horas orientando moradores e motoristas quanto aos cuidados que devem ser tomados em vários trechos que necessitam de atenção. Entre eles, estão os da BR 364 no Km 464, na Rodovia que liga Cacaulândia à Ariquemes; o KM 501 em Cacoal; KM 492 em Ariquemes; KM 426 em Jaru; o KM 444 na Fronteira entre Várzea Grande (MT) e 417 à Cuiabá (MT).
Guajará
O bueiro que fica localizado no KM 80 da BR-425, Zona Rural de Nova Mamoré, que corre o risco de romper por causa do volume das chuvas na região também é motivo de precaução de acordo com a Defesa Civil, e há possibilidade do trecho pode ser interditado.
Na última quarta-feira (6), a Prefeitura de Guajará-Mirim protocolou um documento pedindo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) medidas de emergência para evitar que o município e Nova Mamoré fiquem isoladas. Em 2014, a cidade foi castigada pela maior cheia dos últimos 30 anos. Na ocasião, o nível da água chegou à 14,44 metros acima do normal e deixou mais de 500 famílias desabrigadas
Rio Jamari
Outros pontos críticos que estão sendo registrados nas redes sociais e sendo temidos pela população são: o Rio Jamari, que com ponte submersa, também pode comprometer o acesso de vários municípios à capital e outros estados como Acre, Amazonas e Mato Grosso.
Em virtude de elevação do nível das águas do Jamari, na manhã de ontem (9) a PRF registrou um alagamento da pista no Km 541 da BR-364 ha cerca de 20 quilômetros de Ariquemes sentido Porto Velho.
Segundo a Polícia Rodoviária, a lâmina d’água chegou a aproximadamente 30 (trinta) centímetros de altura e 60 (sessenta) metros de comprimento está cobriu toda a Rodovia. Desde o início do alagamento, o nível da água no local baixou cerca de 3 a 4 cm.
O local está sinalizado em ambos sentidos por uma equipe da PRF e do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), que esteve no local e instalou as placas orientativas com Pare e Siga para dar continuidade do fluxo de meia pista.
Na década de 80, águas do Jamari engoliram parte da BR 421 e isolou a região. Depois de 36 anos, os moradores da região temem que o mesmo aconteça.
Outros trechos no Vale do Jamari
Ainda no Vale do Jamari, outros três municípios podem se isolar totalmente. Em Alto Paraíso no trecho da BR-364 altura do km 541 que dá acesso ao município, o nível da água subiu tanto que os carros pequenos já têm dificuldade para passar.
A RO-257, principal via de acesso entre Ariquemes/Machadinho D´oeste está interditada; e a BR-421, que liga Campo Novo à Ariquemes, Monte Negro e Buritis corre o mesmo risco por causa dos problemas causados pelos temporais.
O desmoronamento de um córrego interditou também o trecho que liga Cacaulândia à Ariquemes através da RO 140. E em Buritis, as águas do rio São Domingos transbordaram após um forte temporal a 320 quilômetros de Porto Velho.
Capital
Falando em Porto Velho, a Defesa Civil Municipal continua de olho no nível do Rio Madeira, o Madeirão, que em 2014, ficou conhecido nacionalmente como: “O Rio do Medo”.
Moradores das regiões próximas temem as enchentes da época. As cerca de 820 famílias que residem nas áreas de risco nos bairros: Balsa, Nacional, Beco do Gravatal, Beco da Rede, Beco do Birro, Candelária e Panair, vêm sendo alertadas sobre a possibilidade.
Na última quarta-feira (6) o prefeito Hildon Chaves (PSDB) decretou Estado de Alerta, após o nível do rio ultrapassar 14 metros. Na manhã desse sábado (9), ele chegou a 16,07 metros. A previsão do Sipam é que o Madeirão atinja 17,50 até o mês de março.
Já no conhecido Ramal Maravilha a situação já é de isolamento da área por causa do transbordamento de um canal que fez com que a água invadisse a estrada.
No Baixo Madeira, 100 barracas já foram providenciadas pela Defesa Civil para que as famílias fiquem em locais mais seguros, pois a previsão, é que Rio vai subir ainda mais.
Enchente de 2014 em Porto Velho. Imagem: Divulgação
VÍDEO
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