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Promotor pede que envolvidos em “esquema” devolvam quase R$ 2 milhões

Segundo servidora, processos para contratar firmas de informática “não eram coisa de Deus”


Folha do Sul

Publicada em: 05/09/2019 08:19:21 - Atualizado


VILHENA, RO - Numa denúncia de 80 páginas, datada de ontem (terça-feira, 03 de setembro), o promotor de justiça Fernando Franco Assunção, titular da Curadoria da Probidade em Vilhena, pediu o bloqueio de bens de políticos, agentes públicos, particulares e empresas, que estariam envolvidos num esquema de corrupção na Câmara de Vereadores, entre os anos de 2009 e 2016.

Na investigação que comandou, o representante do MP detalhou as ilegalidades cometidas por quatro ex-presidentes do Parlamento vilhenense em suas respectivas legislaturas: Carmozino Alves, Vanderlei Graebin, Marcos Cabeludo e Júnior Donadon.

Três ex-procuradores da Câmara também foram denunciados, bem como outros servidores, acusados pelo MP de facilitar o esquema para desvio de recursos na contratação de serviços de informática. O promotor pede que os denunciados sejam obrigados pela justiça a devolver quase R$ 2 milhões aos cofres públicos.

A prática de crimes em série era tão escancarada, durante os 8 anos investigados, que uma servidora teria dito, segundo depoimento de  colegas dela ao MP, ao se referir aos procedimentos para contratar as empresas encarregadas de dar manutenção nos equipamentos da Câmara, que os processos “não eram coisa de Deus”.

Na descrição dos crimes cometidos, Fernando Franco Assunção relata licitações combinadas, superfaturamentos, serviços não executados, fiscalização frouxa e aponta o auge da avacalhação administrativa: um servidor atuava na organização da licitação e, ao mesmo tempo, representava uma das firmas envolvidas no esquema.

A íntegra da denúncia do promotor, revela os nomes de todos os acusados de, através de ações ou omissões, facilitar o desvio dos recursos.


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