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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
ILUSTRATIVA
PORTO VELHO, RO - Elaine Caparróz, uma empresária de 55 anos foi brutalmente espancada em sua própria residência no Rio de Janeiro. O caso ganhou grande repercussão no país essa semana, a vítima foi espancada durante quatro horas por um jovem que havia conhecido através das redes sociais e trocava mensagens com ele ha cerca de oito meses antes do primeiro encontro. O rosto da mulher ficou completamente desfigurado.
Casos como o de Elaine acontecem diariamente no Brasil, o feminicidio é um crime de ódio contra as mulheres, ou seja, o assassinato de mulheres por questões de gênero, pelo motivo apenas da condição de ser mulher, como no caso da empresária.
De acordo com a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida (DECCV), em Porto Velho no ano de 2017 foram registrados dois casos de femicidios e em 2018, quatro. Neste ano até o fechamento dessa matéria não houve registro do crime.
Um dos casos que chamou atenção na capital foi o caso da adolescente de 17 anos, Victória Gandes, ela foi morta a tiros pelo ex-marido em uma suíte de motel. O suspeito não aceitou o fim do relacionamento e acabou tirando a vida adolescente.
O caso aconteceu em dezembro de 2018.
Marido é suspeito da morte de adolescente na suíte de motel na zona Leste da capital
Também houve o caso da acadêmica de 39 anos identificada como Silvia Santos de Souza, morta a facadas em uma chácara no bairro Nova Esperança, na Zona Norte da capital. O suspeito Jorge Martins, 56 anos foi condenado a 15 anos de prisão.
NA CAPITAL: Jovem universitária é encontrada morta a facadas em chácara
MARIA DA PENHA
O feminicido está previsto no código penal desde 2015 e está ligada à lei Maria da penha, já que em alguns casos as vítimas vêem sofrendo casos de violência doméstica. A Maria da Penha protege a mulher de casos que possam virar femininicio.
De acordo com a delegada Adjunta da Delegacia da Mulher, Juliana Tavares, os casos de femincidio decorrem de todo e qualquer causa de violência como ameaça lesão corporal, injuria difamação até resultar em morte, porém, ela alega que o crime não está ligado somente a esse exemplo, em muitos casos como no caso da empresária Elaine, não há como prever o que irá ocorrer.
Desde a criação da lei Maria da Penha às denuncias aumentaram, isso ocorre por conta da divulgação e consciência das mulheres.
“Nos noticiários se fala muito em violência contra mulher, elas estão mais conscientes e corajosas, a palavra certa seria empoderada, com a divulgação, muitas mulheres se sentem, mas seguras ao relatarem as agressões," afima à delegada.
COMO DENUNCIAR
Juliana diz que o caso de violência doméstica, não está ligado somente a agressão física e sim verbal, caso esteja passando por algumas dessas situações basta ligar no número 180, lembrando que a denúncia pode ser feita anonimamente pela própria pessoa ou por alguém que presenciou.
“Hoje em dia não existe mais aquela que entre briga de marido e mulher ninguém mete a colher, a violência é uma questão social, se um vizinho ouvir ou presenciar agressões, pode ligar de forma anônima e denunciar", resume, acrescentando que, as denúncias podem ser feitas também na Delegacia da mulher, ou em qualquer Delegacia do Estado.