• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, quinta-feira 9 de janeiro de 2025

Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa...


Por Robson Oliveira

08/01/2025 09:19:27 - Atualizado

REFORMA

A reforma administrativa feita pelo prefeito eleito, Léo Moraes, reflete a forma pela qual pretende administrar a capital pelos próximos quatro anos, de forma ágil, austera e enxuta. Cada prefeito eleito escolhe a estrutura administrativa ideal para colocar em prática as propostas que o eleitor aprovou nas urnas.

LOROTA

É uma bobagem a reação dos setores da direita e da esquerda contra a estrutura burocrática que o prefeito optou. O que interessa em última análise são as políticas públicas que vão ser implementadas. Estas sim devem ser avaliadas quando colocadas em prática. Não importa o meio, se dentro da legalidade, mas é fundamental que o resultado seja aquele que atenda à maioria da população. A crítica contra a reforma é lorota de quem não tem o que fazer.

CONTRADIÇÃO

Não há nenhuma incompatibilidade em reunir na mesma estrutura a pasta ambiental e a agrícola. Contradição é quem enxerga ambas de forma divergente. Não há antagonismo porque é justificável compatibilizar o desenvolvimento agrícola com o equilíbrio ambiental. Aliás, as políticas das duas pastas devem e têm que estar em compatibilidade uma com a outra para que nossa produção não sofra restrições internacionais em sua comercialização e, além disso, possa garantir a preservação das riquezas naturais. Quem percebe aí antagonismo é no mínimo contraditório. Para não taxar de burro.

ATIVO

Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações. A energia com que o prefeito tem agido nesses primeiros dias de governo denota a preocupação em fazer uma gestão longe do gabinete e mais perto do cidadão.

DIFERENÇAS

É um desafio hercúleo para Leo atuar politicamente e ativamente dessa forma por quatro anos, principalmente ao suceder um antecessor que manipulou as mídias de forma competente e que catapultou uma administração cosmética a boa aprovação. Mas se depender da sua disposição os problemas de fundo serão enfrentados com coragem e determinação, mesmo que neste início não apareçam tanto quanto asfalto. As diferenças entre o prefeito que saiu e o que entrou não estão apenas na forma, mas também no entendimento dos resultados. Embora ambos sejam parecidos no manejo das mídias sociais.

EVIDÊNCIAS

Quem começa o ano novo com força política anabolizada pelas eleições municipais é o atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz. Elegeu quatro vereadores em Porto Velho e repetiu o mesmo desempenho em vários municípios. Marcelo Cruz é aquele político que muitos setores torciam o nariz e esperavam que se esborrachasse na condução da Assembleia Legislativa, mas conclui o mandato presidencial com muitos elogios dos pares e vários feitos legislativos a comemorar, entre eles, ao barrar o aumento da alíquota dos impostos que o governador tentou impor por meio de lei. As evidências indicam que Cruz pode almejar voos mais altos.

PERFIL

Marcelo Cruz não é um santo em política, também não é aquele belzebu que falavam por aí. Na condução da Assembleia Legislativa se revelou um operoso administrador e nos dois anos na presidência não jogou a instituição no lodaçal que anos atrás frequentava. Tem um perfil de conciliação que caracterizou como a principal marca de sua gestão no Poder Legislativo Estadual. Além da austeridade.

PRTB

Em contato com a coluna, Marcelo Cruz informou que vai preparar o partido (PRTB) para disputar o Governo de Rondônia, Senado, Deputado Federal e Estadual. Para tanto, mantém contatos com várias lideranças municipalistas visando as filiações. O prefeito Fúria, do PSD Cacoal, é uma das lideranças contatadas para ingressar na legenda e ser o candidato a governador. O próprio Cruz não descarta a disputa senatorial, embora outros prefeitos e ex-prefeitos estão sendo convidados, a exemplo de Hildon Chaves.

REPUBLICANOS

Depois de anos presidindo o MDB o deputado federal Lúcio Mosquini deverá se desfilar do partido para ingressar no Republicanos, após conversa reservada com Marcos Pereira que dirige nacionalmente a legenda. Não será surpresa que o Republicanos seja a legenda que mais cresça nos próximos meses. O ex-senador Valdir Raupp é mais uma personalidade convidada para ingressar.

VIVO

Quem contava com o fim eleitoral do senador Confúcio Moura (MDB) nas eleições de 2026 pode tirar o cavalinho da chuva. O senador está vivíssimo e tem se movimentado nos bastidores como uma alternativa ao governo estadual. Há aqueles engajados no extremismo que apostam todas as fichas no eventual naufrágio do emedebista. Como é um político com maior expertise eleitoral em atividade no estado, apostar contra quem conhece as curvas dos rios e as urnas é navegar contra a correnteza e um risco enorme de perder as fichas. Olho vivo, Moura quer suceder a Marcos Rocha.

DESGASTE

Com os problemas judiciais alcançando os colaboradores mais próximos e de intimidade familiar, Marcos Rocha começa 2025 com a pior avaliação dos cinco anos de governo. O desgaste governamental é evidente e tende a aumentar caso novas operações policiais ocorram contra o governo, mas o problema maior para uma eventual candidatura ao Senado está por vir, caso ele não assuma uma direção partidária para ancorar seu pleito. Quem não é “dono” de um partido, não é dono do próprio destino eleitoral.

RODOVIÁRIA

No final do ano virou uma guerra de liminares a inauguração da rodoviária de Porto Velho, obra mais vistosa da administração passada. Esta coluna teve acesso aos relatórios preliminares e das terceirizações, como é muita informação para ser interpretada, o tema ficará para a próxima coluna.

facebook sharing button
twitter sharing button
whatsapp sharing button
email sharing button
print sharing button
copy sharing button
sharethis sharing button
telegram sharing button



Os comentários são via Facebook, e é preciso estar logado para comentar. Os comentários são inteiramente de sua responsabilidade.