BRASIL: Um avião da Azul precisou declarar emergência por baixo nível de combustível na tarde desta quarta-feira (19), após enfrentar dificuldades para pousar em meio ao mau tempo. A aeronave, um Airbus A320, tentou aterrissar em dois aeroportos antes de ser desviada para Parnaíba, no litoral do Piauí, onde conseguiu pousar em segurança.

A Azul informou que a mudança de rota foi causada pelas condições meteorológicas adversas e garantiu que o pouso ocorreu em total segurança. A companhia também afirmou que prestou toda a assistência necessária aos passageiros.

Breve susto

O voo AD4781 decolou do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com destino a São Luís (MA). Ao chegar ao destino original, no entanto, as condições meteorológicas impediram a aterrissagem. A tripulação então seguiu para Teresina (PI), onde o cenário se repetiu: chuva intensa, rajadas de vento superiores a 35 km/h e trovoadas forçaram a arremetida.

Sem alternativas e com o combustível se aproximando do limite operacional, o piloto declarou emergência ao controle de tráfego aéreo. “4871 informa mayday fuel”, comunicou à torre, conforme registros de áudio obtidos pela imprensa. "Mayday" é um chamado internacional de emergência, enquanto "fuel" significa combustível.

Com a recomendação do controle aéreo, a aeronave seguiu para o Aeroporto de Parnaíba, onde as condições climáticas estavam favoráveis. O pouso foi realizado às 17h49, sem intercorrências. Após o reabastecimento, o avião retomou a viagem e seguiu para São Luís, onde os passageiros desembarcaram.

O que a regulamentação diz?

Segundo normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma aeronave deve sempre carregar combustível suficiente para chegar ao destino, alternar para outro aeroporto se necessário e ainda manter ao menos 30 minutos de autonomia extra. Quando o combustível disponível chega a um nível crítico abaixo desse tempo, a tripulação deve declarar emergência.

Quedas de avião em 2025

Nos primeiros dias de 2025, o Brasil contabilizou 26 acidentes aeronáuticos, resultando em 11 mortes em sete dessas ocorrências. Janeiro registrou 22 casos, tornando-se o mês com o maior número de acidentes aéreos desde 2015. Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).