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    porto velho, sexta-feira 4 de julho de 2025

Mulher é agredida com socos em academia e diz que discussão foi motivada por política

Vítima contou que estava falando com um personal trainer e que outro aluno começou a criticar Lula.


G1

Publicada em: 25/10/2022 15:57:45 - Atualizado


BRASIL - Uma mulher diz ter sido agredida por um homem com dois socos dentro de uma academia após uma discussão sobre política. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio.

A agressão aconteceu em uma academia em Ramos, na Avenida Brasil, na Zona Norte do Rio, no dia 14 de outubro.

A vítima, que tem 35 anos e pediu para não ser identificada, contou que estava conversando sobre política com os amigos na academia e fez um comentário, com um personal trainer que estava instruindo um aluno, identificado como Ariel.

De repente, segundo ela, o aluno, que se dizia eleitor de Bolsonaro, disse que "Lula é um ladrão, safado". Posteriormente, ainda de acordo com o relato, pediu à vítima que ela escovasse os dentes e afirmou: "Isso aí é uma morta de fome".

A mulher relatou que Ariel ficava batendo no peito de forma grosseira, dizendo que “é empresário" e que "empresário não vota em Lula”.

A discussão, segundo a vítima, se intensificou e outras pessoas tentaram conter o aluno, que a ameaçou: "Não encosta em mim, senão eu vou arrebentar a sua cara".

Em um determinado momento, ela diz que ele avançou contra e deu dois socos. A mulher teve ferimentos no olho e na boca e desmaiou no chão da academia.

O g1 entrou em contato com o homem identificado como Ariel, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

Homem, identificado como Ariel, é suspeito de ter agredido uma mulher em uma academia na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal



Rosto ferido

A vítima se recupera dos ferimentos e procurou a Deam do Centro para prestar queixa. Ela conversou na segunda-feira (24) com representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), fez uma denúncia na Ouvidoria da Mulher do Ministério Público e vai pedir também uma medida protetiva à Justiça.

A mulher conta que treina nessa academia há 8 anos e que o agressor entrou há alguns meses e que ele é faixa preta em luta livre.

Procurada, a Polícia Civil afirmou que a investigação está em andamento.


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