PORTO VELHO – RO - Um suposto esquema de favorecimento financeiro envolvendo a Secretaria de Comunicação do Governo de Rondônia ganhou novo fôlego nesta segunda-feira (9), após o vazamento de uma lista com valores confidenciais pagos a diversos sites de notícias, alguns supostamente fantasmas, outros sem acessos. O documento, cuja autenticidade não foi confirmada oficialmente pela SECOM, viralizou nas redes sociais, provocando forte repercussão política e midiática no estado.

Diante da pressão, a secretária de Comunicação, Rosângela da Silva, divulgou uma nota pública tentando se desvincular do escândalo e arrastou a agência que cuida da conta do Governo de Rondônia para o centro da crise. No comunicado, ela afirma que a pasta não é responsável direta pela autorização dos pagamentos e atribui a responsabilidade à agência de publicidade contratada para gerir a conta institucional do governo estadual.

Por seu turno, os representantes da agência, teriam discordado das declarações da titular da SECOM  e contaram que eles cumprem o que é determinado pela pasta  que representa o cliente. 

“A Secretaria de Comunicação não é ordenadora de despesas”, destacou Rosângela, em um trecho da nota. A afirmação, no entanto, foi recebida com ceticismo por parte de setores da imprensa e da oposição política, que veem indícios de gestão paralela e direcionamento de verbas públicas a veículos alinhados com o governo.

Fontes ligadas à investigação confirmam que o caso já está sob análise da Polícia Federal, que apura possíveis irregularidades na aplicação de recursos públicos destinados à comunicação institucional. A apuração inclui suspeitas de superfaturamento, favorecimento e falta de critérios técnicos na distribuição das verbas.

A crise pode ter desdobramentos políticos significativos. Dentro do próprio governo, cresce a pressão para que a secretária seja afastada do cargo até a conclusão das investigações. Além disso, a agência de publicidade responsável pelo gerenciamento dos recursos também está na mira e poderá sofrer sanções contratuais caso sejam comprovadas irregularidades.

O episódio reforça o debate sobre a transparência e a correta gestão da verba pública de publicidade institucional em Rondônia.

CONFIRA A NOTA EMITIDA PELA SECOM SOBRE O ESCÂNDALO: https://rondonoticias.com.br/n...