PORTO VELHO - RO - A apuração sobre o uso de verbas públicas em sites sem audiência — os chamados "sites fantasmas" — já chegou ao conhecimento da Polícia Federal. Paralelamente, tanto o Tribunal de Contas quanto o Ministério Público também acompanham o caso de perto.

Segundo fontes do Rondonoticias, a agência responsável pela comunicação institucional do órgão governamental em Rondônia está sob investigação por supostamente enviar pedidos de inserção com critério político, conchavos ou apadrinhamentos. O foco seria a destinação de recursos públicos a veículos com baixa ou nenhuma relevância de público.

Após o recente vazamento de informações sobre pagamentos realizados, a Secretaria de Comunicação (SECOM) se pronunciou, alegando que a responsabilidade é exclusiva da agência contratada, isentando a própria pasta. A resposta, no entanto, causou insatisfação entre veículos da imprensa local, que cobram mais transparência e isonomia nos contratos publicitários feitos ainda na antiga administração da Casa Civil.

A situação se agravou com rumores de favorecimento a portais de fachada, e o tema estaria sendo investigado, de forma reservada, dentro do próprio governo. As denúncias apontam para contratos firmados ainda na gestão do ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves — figura que mantém, segundo fontes, vínculos políticos estreitos com a atual secretária da SECOM.

Confrontada sobre a questão, a gerente de atendimento da agência, identificada como Georgia Oliveira,  desmentiu o boato e disse que todos os PI’s - um documento que serve para gerenciar compras de espaço de mídia, são feitos dentro dos mais modernos parâmetros para evitar quaisquer reclamações e má aplicação dos recursos do contribuinte.

Na prática no entanto, sites que, sequer, trocam suas manchetes diárias, mas tem forte ligação com pessoas poderosas no meio político, recebem valores vultosos em detrimento daqueles estabelecidos, com folha de pagamento e sede própria, reclamou um usuário do sistema.

A mídia que foi distribuída relativamente ao mês em curso enviou PI's alta para uns e baixíssimas para outros. Teve site com quase vinte cinco anos de estabelecimento no mercado que recebeu o valor R$ 93,57, fato que acendeu o estopim e jogou luz na investigação em curso.

Por conta disso é dada como certa, no decorrer da Reforma Administrativa em curso a queda da Secretária de Comunicação do Estado, Rosângela Castelo.