• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

MODERNIDADE: Bebê de sete meses é registrado por casal homoafetivo em Rondônia


EXTRA DE RO

Publicada em: 08/12/2017 08:18:14 - Atualizado


VILHENA, RONDÔNIA - Um casal homoafetivo registrou nesta quarta-feira, 06, o filho com o nome de duas mães. A ação só foi possível após a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do dia 17 de novembro de 2017 que autoriza a adoção de crianças por casais homoafetivo.

O casal Eliziane Rodrigues de Araújo e Janaina Francisco de Araújo (mãe biológica da criança) estão junto há quase quatro anos e, durante sete meses tentaram registrar a criança com o nome de ambas através da justiça.

Janaina conta que se separou de Eliziane e foi embora para outra cidade e lá teve um caso com um rapaz. Mas acabou terminando o relacionamento e resolveu retornar a Vilhena para reatar com sua companheira.

Quatro meses depois Janaina descobriu que estava grávida. A confirmação de que estava esperando um bebê veio após um acidente de trânsito quando o médico a informou. Assim que nasceu o filho, as duas procuraram um cartório para fazer o registro, mas sem sucesso. Janaina explica que não imaginava que precisaria de toda essa burocracia para conseguir o registrar o filho em seu nome e no nome da companheira.

A criança hoje tem sete meses de idade e, segundo Eliziane ter um filho é uma materialização de um sonho antigo. “Sempre tinha vontade de ter um filho e poder registrar no meu nome” enfatizou ela.

Eliziane procurou o cartório, onde foi orientada a oficializar sua união com Janaina para poder tramitar a maternidade socioafetiva do filho.

Um mês depois Eliziane explica que viu no jornal que a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lucia decidiu a favor da autorização de adoção de crianças por casais homoafetivo.

Com a notícia publicada, Janaina e Eliziane providenciaram a papelada para fazer o registro da criança junto ao cartório de registro civil de Vilhena. E dias depois a chefe do cartório entrou em contato com o casal que o registro do filho estaria pronto.

De acordo com o casal, sobre o preconceito que o menino possa vir a enfrentar pelo fato de ter duas mães, Eliziane disse que não será problema lidar com a situação. “Com o tempo vamos explicar para ele que nosso amor e a nossa família são iguais aos de outras crianças”.


Fale conosco