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    porto velho, quinta-feira 19 de setembro de 2024

Onze países condenam "avanço e consolidação da ditadura" na Venezuela

Antigos chefes de Estado e de Governo de 11 países, que fazem parte da Iniciativa Democrática da Espanha e Américas (IDEA)


Noticias ao Minuto

Publicada em: 07/11/2017 15:22:00 - Atualizado

"A nossa firme condenação pelo avanço e consolidação da ditadura de Nicolás Maduro, cujo mais recente ato de violência contra a democracia e a constitucionalidade foi ordenar a perseguição criminosa do presidente e vice-presidente da Assembleia Nacional (parlamento), os deputados Júlio Borges e Freddy Guevara", referiram numa declaração conjunta sobre a situação na Venezuela, na qual explicam que o ex-presidente do parlamento encontra-se "sob proteção da Embaixada do Chile em Caracas".

O documento assinado por ex-presidentes do Chile, Colômbia, Espanha, Paraguai, Panamá, Costa Rica, El Salvador, Argentina, México, Uruguai e Bolívia refere também o "decidido apoio [dos subscritores] a iniciativas internacionais como as do Grupo de Lima, o Parlamento Europeu, o Canadá e os Estados Unidos, que conduzem ao restabelecimento da democracia e das liberdades na Venezuela".

O documento, divulgado em Caracas, manifesta a adesão plena da IDEA às iniciativas que "com coragem" leva a cabo o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luís Almagro.

"Em partilhar partilhamos o seu firme não reconhecimento da Assembleia Constituinte (AC, composta na totalidade por afetos ao regime), imposta pela ditadura e a sua clara conclusão quanto a que não se podem reconhecer os resultados de uma eleição num país em que não existem garantias para o exercício efetivo da democracia", explica.

O IDEA saúda os atores políticos da oposição "que não se submetem" à AC e reclamam autoridades eleitorais imparciais, processos eleitorais livres e justos, sob observação internacional qualificada.

A declaração conclui manifestando "solidariedade para com o povo da Venezuela, no particular com os que são vítimas da repressão oficial e da crise humanitária".

"Saudamos a coragem democrática dos magistrados do Supremo Tribunal de Justiça (no exílio), designados e ajuramentados pela Assembleia Nacional, e os munícipes da oposição que hoje se encontram no exílio", conclui.

A declaração foi assinada pelos antigos presidentes Óscar Arias, Rafael Ángel Calderón, Laura Chinchilla e Miguel Ángel Rodríguez (todos do Chile), José Maria Aznar (Espanha), Belisario Betancur, Andrés Pastrana, César Gaviria e Álvaro Uribe (da Colômbia), Alfredo Cristiani (El Salvador) e Fernando de la Rúa (Argentina).

Também Vicente Fox (México), Lúcio Gutiérrez, Osvaldo Hurtado e Jamil Mahuad (Equador), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Mireya Moscoso (Panamá), Jorge Quiroga (Bolívia) e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai).


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