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    porto velho, sábado 8 de fevereiro de 2025

Contagem das mortes russas mostra como conflito está mudando na Guerra na Ucrânia

Alguns parentes sequer sabiam o que havia acontecido com seus entes queridos até que a BBC os localizou.


G1

Publicada em: 20/06/2023 10:31:02 - Atualizado

MUNDO: A Rússia tem um histórico extraordinário de ocultar suas perdas durante a guerra. Então, quando o país invadiu a Ucrânia, a BBC e seus parceiros começaram a verificar meticulosamente e a contar o maior número possível de mortes.

Nossa lista de fatalidades confirmadas — pessoas que sabemos que morreram — tem mais de 25 mil nomes, o que estabelece um número mínimo de mortes para as perdas totais da Rússia.

A contagem fornece evidências concretas do impacto da guerra nas forças russas. Mas também dá respostas a famílias enlutadas.

Alguns parentes sequer sabiam o que havia acontecido com seus entes queridos até que a BBC os localizou.

Um conto de duas faces

O sargento Nikita Loburets, líder de esquadrão das forças especiais russas, morreu em 20 de maio do ano passado em um vilarejo no leste da Ucrânia. Ele tinha 21 anos.

Quase um ano depois, parentes de outro combatente, Alexander Zubkov, de 34 anos, souberam da morte dele durante os conflitos em Bakhmut. Cumprindo uma pena de nove anos por delitos relacionados a drogas, ele se juntou ao grupo mercenário Wagner, que luta em nome da Rússia, na esperança de obter sua liberdade.

Estes são apenas dois dos 25 mil combatentes mortos que foram identificados pela BBC, pela organização russa de mídia independente Mediazona e por uma equipe de voluntários. O grupo usou informações de relatórios oficiais, jornais, redes sociais e novos memoriais e túmulos.

Nikita Loburets e Alexander Zubkov revelam a nova face do exército da Rússia desde que invadiu a Ucrânia — uma força de combate que está cada vez mais velha e menos bem treinada à medida que as mortes aumentam.

Quando a guerra começou, o típico combatente russo morto tinha cerca de 21 anos e era um soldado profissional de baixa patente — assim como o sargento Loburets.

De acordo com o relato de seu pai, Konstantin, Nikita Loburets queria ser paraquedista antes mesmo de deixar a escola em Bryansk, cidade a cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Ele começou a estudar artes marciais e aprendeu a pular de paraquedas antes da formatura.

Por fim, ele conseguiu uma vaga na escola de aviação de elite de Ryazan, uma academia de treinamento para paraquedistas russos, antes de ingressar na brigada de forças especiais do GRU, a inteligência militar russa.

Com quase três meses de guerra, o sargento Loburets e uma pequena unidade de russos sofreram uma emboscada em um vilarejo ao norte de Kharkiv — e ele foi morto, segundo seu pai.

Ele foi enterrado na "Ala dos Heróis" do cemitério de sua cidade natal e foi condecorado postumamente com a Ordem da Coragem.

Houve milhares de histórias como a dele nos primeiros meses da guerra.

Mas, um ano depois, elas são menos comuns.

Nos últimos meses, o típico soldado russo morto na Ucrânia é um prisioneiro condenado de 34 anos recrutado na penitenciária.


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