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porto velho, sábado 21 de dezembro de 2024
MUNDO - O número de detidos após os protestos contra o governo venezuelano subiu de 369 para 791, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Fórum Penal Venezuelano (FPV), uma organização não-governamental de defesa de direitos humanos. "Continuamos recebendo denúncias e verificando os dados. No Fórum Penal, confirmamos 791 detenções de manifestantes, na Venezuela, desde 21 de janeiro de 2019", anunciou o porta-voz daquela organização, Gonçalo Himiob, no Twitter.
Segundo o FPV, o Distrito Capital registra o maior número de detidos, 171, seguido pelos estados de Arágua (112), Zúlia (97), Monágas (59), Yaracuy (50), Bolívar (48) e Portuguesa (37).
Foram ainda registradas detenções nos Estados de Amazonas (23), Anzoátegui (5), Apure (7), Barinas (6), Carabobo (33), Cojedes (26), Falcón (1), gáurico (7), Lara (25), Miranda (25), Nueva Esparta (13), Sucre (2), Táchira (17) e Vargas (27).
Eles são acusados, segundo a organização não-governamental, de delitos de terrorismo, instigação ao ódio, alteração da ordem pública e desacato à autoridade, entre outros.
Os dados anteriores, divulgados no sábado pelo FPV, indicavam que 369 pessoas tinham sido detidas na Venezuela, entre 21 e 24 de janeiro de 2019, durante manifestações antigovernamentais.
Na sexta-feira, o presidente Nicolás Maduro acusou a oposição de promover a violência no país e pediu às autoridades que os cidadãos envolvidos em atos de vandalismo sejam condenados a 20 anos de prisão.
"Já há presos que vão ser julgados e pedi ao procurador-geral [Tareck William Saab] que seja muito cuidadoso na aplicação da máxima pena de 20 anos de prisão a quem for capturado na rua, incendiando, assaltando e fazendo atos de vandalismo, que são pagos em dólares", disse.
Durante uma coletiva de imprensa, no palácio presidencial de Miraflores, Maduro acusou a "direita" venezuelana de promover violência no país e insistiu que os detidos vão ser julgados para que paguem pelas suas ações. "Vamos persegui-los, com a colaboração dos vizinhos, e metê-los na cadeira, para garantir a paz", disse. Com informações da Lusa.