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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- O ministro da defesa argentino, Oscar Aguado, reconheceu na noite desta segunda-feira (4) a morte dos 44 tripulantes do submarino militar ARA San Juan, desaparecido desde o último 15 de novembro.
Aguado ainda confirmou que, meses atrás, a embarcação registrou um defeito que pode ter originado a explosão detectada antes de seu desaparecimento. As informações são do jornal Clarín.
Esta foi a primeira vez que o governo argentino admitiu que os tripulantes do submarino perderam a vida — ainda que a suspensão das operações de resgate na última semana já indicassem que não havia chances de sobreviventes.
Familiares dos desaparecidos protestaram no domingo (3) pela demora de um posicionamento das autoridades, mas funcionários do governo reafirmaram o compromisso do presidente Mauricio Macri de encontrar o submarino. A imprensa local especula que Macri em breve irá declarar um período de luto nacional pela tripulação.
O desastre gerou uma investigação profunda sobre o estado das Forças Armadas na Argentina, que atualmente tem um dos menores orçamentos de defesa da América Latina em relação ao tamanho da economia, após uma série de crises financeiras.
Histórico
O submarino estava em rota de Ushuaia, a cidade mais austral do mundo, até sua base em Mar del Plata e a cerca de 480 km da costa quando concedeu sua última localização. Construído na década de 1980 na Alemanha, o ARA San Juan foi submetido em 2008 a um processo de "reparação", que levou mais de dois anos e implicou a substituição dos seus motores a diesel, entre outros trabalhos de manutenção, segundo dados oficiais.